CDU considera que Orçamento e Plano de Atividades municipal demonstra “inação e desleixo”
Orçamento e Plano de Atividades do município para 2023 merecerá o voto contra do partido na próxima Assembleia Municipal.
Em conferência de imprensa, esta manhã de terça-feira, a CDU expressou várias preocupações e discordâncias face ao Orçamento e Plano de Atividades do município para 2023, que merecerá o voto contra do partido na próxima Assembleia Municipal.
Para Torcato Ribeiro, deputado na Assembleia Municipal de Guimarães, e Mariana Silva, membro da Comissão Executiva do Partido Ecologista Os Verdes, a proposta para 2023 é demonstrativa de uma “gestão incompetente, cansada, sem ambição e eleitoralista”.
Assim, “exatamente por ser apresentado como um projeto de continuidade”, significa “a continuidade da inação e do desleixo” do atual executivo e que “não resolve os problemas do concelho e dos vimaranenses”.
A habitação, a mobilidade, o ambiente e as consequências da transferência da administração central para a administração local na área da Educação e da Acção Social estão entre as principais preocupações.
No que à Habitação diz respeito, referem que “falta e vai continuar a faltar habitação a preços acessíveis e a construção de uma política de habitação municipal verdadeiramente social e equilibrada”.
Assim sendo, consideram que a Câmara apresenta “tímidas respostas perante os dramas de famílias que vivem sem condições, perante jovens que não podem constituir família e sair de casa dos pais, pelos preços especulativos da habitação, mesmo que continuem a existir centenas de casas sem gente por todo o concelho”.
Relativamente à Mobilidade, lamentam que a proposta não vá mais além daquilo que já é conhecido, apesar de ter sido aprovada no Conselho Municipal de Educação de Guimarães, sem nenhum voto contra, uma proposta que reivindicava a gratuitidade dos transportes para os estudantes vimaranenses.
Não só para criar “novos hábitos sustentáveis nas gerações mais novas”, mas também porque Guimarães continua na corrida a Capital Verde Europeia, vincam que “a aposta nos transportes públicos coletivos acessíveis, eficientes, confortáveis e com horários regulares é essencial”.
“Em Guimarães os transportes públicos não se podem resumir à nova concessão, é preciso exigir que seja devolvido o Alfa, para que nos seja devolvido mais um horário da ligação que já tivemos a Lisboa”, refere a mesma nota de imprensa, que acrescenta que é urgente identificar soluções para ligar Guimarães às outras cidades do Quadrilátero Urbano.
Numa altura em que está em consulta pública o Plano Nacional Ferroviário, criticam o facto de o executivo municipal continuar a discutir quais as melhores opções, se teleféricos, BRT ou LRT.
Na área ambiental, denunciam a falta de “grandes investimentos” tais como o alargamento do Centro de Recolha Oficial de Animais (CRO), que surgiu orçamentado em 2018 em 340.000 euros e que está agora orçamentado em 2.325.000.
A falta de verba alocada para a despoluição das linhas de água e praias fluviais são outras das preocupações transmitidas, a par da falta investimento na requalificação da Escola EB 2,3 de Pevidém e EB 2,3 de João de Meira, que há vários anos estão prometidas.
Elucidando que estamos perante “o orçamento mais elevado de sempre”, e que os 145,8 milhões incluem valores associados à transferência de competências da administração central para a administração local, reiteram que a CDU sempre se colocou “contra esta transferência e contra a forma como foi feita”. “Consideramos que cabe à Administração Central assegurar que todos os cidadãos tenham iguais oportunidades e acesso aos direitos políticos, económicos e sociais. Só com políticas nacionais podemos dar esta garantia”.
Na visão do partido, “muitas destas estruturas e destes investimentos fizeram falta para fixar e rejuvenescer a população, para atrair empresas que apostem na modernização amiga do ambiente, na criação de postos de trabalho melhor remunerados”, fundamentais para o desenvolvimento do concelho.
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