Em resposta ao comunicado emitido esta terça-feira, dia 21 de dezembro, em que Bruno Fernandes, líder do PSD e cabeça de lista da Coligação Juntos por Guimarães (JPG) nas últimas eleições autárquicas, afirmou que “O PS e a CDU não gostam de Pevidém”, os eleitos da CDU, em comunicado, vêm repudiar “veementemente a acusação” acrescentando não receberem “lições de ninguém, muito menos, da JpG”.

Na noite de segunda-feira, dia 20, a segunda proposta de executivo apresentada por António Ribeiro, que venceu as eleições pelas cores da coligação Juntos por Guimarães (com 43% dos votos), e que continha elementos “apenas da sua lista”, foi recusada pelos eleitos da CDU e do PS. A junta de freguesia está a funcionar com o executivo anterior e com o presidente atual, estando limitada a sua atividade a duodécimos.

Contactado pelo Mais Guimarães, António Ribeiro, presidente da junta de freguesia de Selho São Jorge disse ontem, dia 21, que, em primeiro lugar, quer falar aos pevidenses, emitindo um comunicado até ao final da semana. Mostrou-se “triste” e diz que “ninguém está preocupado com Pevidém”.

No comunicado emitido desta quarta-feira, dia 22, a CDU diz querer “repor a verdade dos factos”, considerando que “quem inviabilizou a constituição da Junta de Freguesia de Selho S. Jorge, foi o presidente eleito pela JpG, (António Ribeiro) ao propor uma lista para a eleição dos quatro vogais da Junta de Freguesia unicamente com eleitos da coligação JpG, repetindo o que já tinha feito na primeira rejeição”, no passado mês de outubro, numa “atitude que não respeita os resultados eleitorais, pois a JpG está em minoria”, consideram os eleitos pela coligação de esquerda.

Os membros da CDU dizem também que “a procura de entendimentos para a governabilidade da Junta de Freguesia teve sempre abertura por parte dos eleitos da CDU – Pevidém e nas várias reuniões com o presidente eleito houve imposições que não aceitamos”, referindo-se a lugares no executivo da Junta (secretário e tesoureiro), que já estariam “reservados antes do ato eleitoral”.

No decorrer das negociações, se alguém colocou “pedras no caminho” foi o presidente eleito, diz a CDU Pevidém, afirmando que António Ribeiro “não aceitava o nome do cabeça de lista da CDU, Nuno Rego, para fazer parte do executivo”.

Ao longo destes últimos três meses, o presidente eleito, nas reuniões que foi mantendo com os eleitos da CDU, “mostrou sempre abertura para um acordo, mas que era desfeito pela sua própria equipa, colocando, isso sim, pedras no caminho”, diz também o comunicado.

Finalmente, a CDU Pevidém apela “ao bom senso do presidente eleito e à sua capacidade para gerar entendimentos que permitam a normalidade autárquica em Pevidém, o que passa pela cedência de posições”, embora, acrescentem, “entendamos que a JpG continue a contar com a maioria necessária para dirigir o executivo da Junta”.

Pevidém sabe que os candidatos da CDU gostam de Pevidém, reitera o comunicado, e, por isso, “se Pevidém for prejudicado, a culpa será da JpG e daqueles que não prescindem dos lugares prometidos, colocando os interesses pessoais à frente do bem comum e de uma solução para Pevidém”.