CHÁ DE DEMOCRACIA

ÂNGELA OLIVEIRA Advogada

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por ÂNGELA OLIVEIRA

Advogada

Já não é a primeira vez que o digo, não fui a primeira a dizê-lo nem serei a última. Não estaríamos em Guimarães se alguém, ousando ter uma opinião diferente, ousando apresentar soluções alternativas, ou criticando opções de governação socialista, não levasse de enxurrada a resposta dos visionários tocados pelo divino – quem não concorda é contra Guimarães, contra a Pátria e contra os vimaranenses! Para a guilhotina. Já!

Era previsível, e foi assim aquando da votação do programa que a Camara Municipal pretende celebrar com a Taipas Turitermas para lá injectar mais uns milhares A coligação votou contra, como sempre. O ponto foi chumbado. O partido socialista, na sua infinita arrogância esqueceu-se de ver quem estava e quem não estava, fazer contas, lembrar-se do histórico das votações dos vereadores do PSD e do CDS e não levar a reunião de Camara um ponto que sabiam que iria ser chumbado naquele dia. É este o respeito que se tem pela oposição. Nem sequer consideraram que a votação da oposição podia efetivamente ter peso. E isto, meus amigos, é Democracia. E um chá de democracia nunca fez mal a ninguém.

Depois do Tribunal de Contas ter chumbado o aumento de capital que a Taipas Turitermas pretendia fazer com dinheiro da Camara Municipal, num processo, que diga-se, e depois de lido o acórdão, nos envergonha, (é só procurar no Google, ler e vão ver que tenho razão…) o Sr. Presidente da Camara vem dizer que não está nada preocupado e que tinha outras soluções de financiamento. E aqui chegamos. Ao contrato programa. Muda-se a cor do fato, o tecido é o mesmo.

E porquê é que se votou contra? Porque uma régie cooperativa, não tem que fazer concorrência a privados, não é esse nem deve ser o escopo de nenhum Município. A Taipas Turitermas não é excepção. A título de exemplo, explorar uma clínica de fisioterapia é serviço público onde? Só se for em Cuba. Em Portugal é ridículo pensar que uma Camara Municipal deve explorar uma clinica de fisioterapia. É que nem sequer é o Serviço Nacional de Saúde, é a Camara Municipal através da Turitermas. A seguir vem o quê? Uma bomba de gasolina?

Quanto às Termas propriamente ditas, e este é que é o centro da discussão, é só fazer um exercício de comparação com outras termas, como aliás, fez o Vereador do CDS e muito bem. A verdade é que é impossível não reparar nos exemplos de Vizela e Vidago, que têm termas concessionadas a privados, que têm com o turismo termal conseguido projetar o turismo local, dão lucro aos seus municípios e melhor ainda, não implicam para as respetivas câmaras municipais encargos. A zona castreja tem muito que visitar e merece e precisa de turistas, que devem ter outras alternativas de visita para além do centro histórico. Este trabalho tem de ser feito por privados, que vão investir em publicidade, que vão influenciar os operadores turísticos, etc. A Camara Municipal deve ser a mão que ajuda, não a mão que está em todo o lado a controlar tudo.

Aqui chegados, a pergunta para queijinho é: afinal quem é que está contra as Taipas?

 

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