Com os passes gerais da 10ª edição do Westway LAB já esgotados, e fazendo prever “dias de forte celebração” em torno da música em Guimarães, abre-se agora a oportunidade de adquirir bilhetes para assistir aos concertos apresentados nos palcos ‘Auditório’ e ‘Box’ do Centro Cultural Vila Flor (CCVF), nas noites de 14 e 15 de abril.

Deste modo, o bilhete para sexta, 14, dará acesso aos concertos de B Fachada, Ana Lua Caiano e Linda Martini. No dia seguinte, sábado, 15, o respetivo bilhete dará acesso aos concertos de Nacho Vegas, Rita Vian e Criatura. Estes bilhetes têm o valor de 15 euros ou 13 euros com desconto.
B Fachada abre a noite de concertos no palco ‘Auditório’ pelas 21h30 de sexta-feira, 14 de abril. O desconcertante compositor, multinstrumentista e produtor português demarca-se na música popular portuguesa do século XXI, tendo-se notabilizado por um admirável, e até certo ponto impiedoso, ritmo de edições em que frequentemente subverte o cânone e converte os dogmáticos. Nesta mesma noite, Ana Lua Caiano apresenta-se perante o público no palco ‘Box’ a partir das 23h00, num momento em que a fusão musical ganha vida através da junção da música tradicional portuguesa com música eletrónica, remetendo para a tradição com uso de coros, harmonias e cânones. O mesmo palco recebe também os últimos protagonistas desta noite (00h30), os Linda Martini, banda incontornável da música portuguesa das últimas duas décadas, encontrando-se a celebrar precisamente 20 anos de estrada e de discos para redescobrir neste concerto que, como é hábito, será de intensa e calorosa comunhão entre público e artistas.
As boas-vindas à noite de sábado (15 abril) são assumidas por uma das vozes mais respeitadas da música popular espanhola, Nacho Vegas, músico e escritor com mais de vinte anos de carreira, que se apresenta no palco ‘Auditório’, às 21h30. Um pouco mais tarde, às 23h00, é a portuguesa Rita Vian quem impacta com a sua voz e composição, num espectro amplo entre a eletrónica e a tradição que nos atinge no palco ‘Box’. A noite e esta 10ª edição do Westway LAB encerram no palco ‘Box’ pelas múltiplas mãos de Criatura (00h30) – um corpo que se autoidentifica como um eclético bando de músicos, artistas e gente, de várias geografias e áreas musicais, que se dedica a revisitar a memória popular do território que habita e que a partir dela se propõe a criar música e arte que nasce de outras formas de olhar, sentir e ser a tradição, trazendo novos ares à música portuguesa.
A lotação do palco ‘Café Concerto’ do CCVF, onde irão decorrer os concertos de Redoma e Azar Azar (dia 14) e La Furia e Catarina Munhá (dia 15), já se encontra esgotada pelos passes gerais. Contudo, o Westway LAB não se restringe às noites de 14 e 15 de abril e serão várias as oportunidades de vivenciar o festival de forma livre e gratuita. Este ano, o aguardado projeto de criação, batizado de Edgarbeck, que nasce e estreia em absoluto na abertura desta 10ª edição, é apresentado no palco do Teatro Jordão a 12 de abril, às 19h30, com entrada livre. Este projeto reúne dois artistas que há muito se queriam juntar – Rui Souza (Dada Garbeck) e Edgar Valente (Criatura e Bandua) – e pretende levar a palco as tascas, fábricas, capelas e montes do Vale do Ave, num concerto polifónico, polissémico e cheio de paradoxos, como o Minho.
Como acontece desde o seu surgimento, o Westway LAB continua a navegar nos mares da criação com residências artísticas que cruzam músicos portugueses e estrangeiros em Guimarães, e em particular no Centro de Criação de Candoso (CCC), onde a principal ação criativa se desenvolve nos dias que antecedem o festival. Nesta edição, com a participação e envolvimento dos artistas Mário Gonçalves e Michal Drozda, Cálculo e Namelle, Isa Leen e Ghau, Larie e La Furia com Ezpalak. Cruzamentos estes com rumos inesperados que se demonstram constantemente surpreendentes, dando origem a frutos que se revelam nos showcases que acontecem a 12 e 13 de abril, a partir das 22h00, no Café Concerto do CCVF, cujo acesso é gratuito.
Como também já é tradição, no sábado 15 abril, a partir das 15h00, o festival estende-se à cidade que se converte num grande palco, tomado por artistas e público, que se interligam pelo encanto de uma diversidade de estilos e diferentes estéticas musicais tão característicos dos City Showcases do Westway LAB. Tudo isto num roteiro constituído por concertos de acesso gratuito em diversos locais da malha urbana – como o Convívio, o Oub’Lá, o Ramada 1930 e o São Mamede Tribuna –, que nesta tarde estimulam a circulação dos amantes da música com as atuações de EVAYA, Isa Leen, Cave Story, Ledher Blue, X IT, Yann Cleary, e Ezpalak.
E por entre todos estes momentos que dão ritmo e vida a esta edição, haverá espaço e lugar para abrandar e desfrutar do mercado artístico situado na praça coberta do Centro Cultural Vila Flor – novidade que surge com esta 10ª edição –, um espaço de passagem livre e central no recinto com uma variedade de discos e vinis, edições e ilustrações, para além de opções que garantem conforto na hora de comer e beber.