A capacidade de realizar este teste poderá ser duplicada nas próximas semanas, mediante a disponibilidade de reagentes.

O Instituto de Investigação em Ciências da Vida e Saúde (ICVS), da Escola de Medicina da Universidade do Minho, está a realizar, desde esta segunda-feira, testes de diagnóstico para identificar pessoas infetadas com vírus SARS-COV-2. As equipas de investigação já realizaram, até ao momento, 230 testes nos laboratórios da Universidade do Minho, tendo a capacidade atual para testar entre 100 e 200 amostras por dia.

O teste diagnóstico permite detetar a presença do vírus pela técnica gold standard RT-QPCR. O ICVS está em articulação com os hospitais de Braga e da Senhora da Oliveira, bem como com as unidades de saúde e as câmaras municipais de Braga e Guimarães — as amostras que chegam ao ICVS são provenientes dos hospitais, as câmaras articulam o processo.

Segundo uma nota informativa enviada às redações, a Escola de Medicina informa que, para este trabalho, que decorre no ICVS, voluntariaram-se 80 investigadores das unidades de investigação da Universidade do Minho – ICVS, Centro de Engenharia Biológica, Centro de Biologia Molecular e Ambiental, Centro de Biologia Funcional de Plantas, Instituto de Ciência e Inovação para a Biosustentatibilidade, Departamento de Física.

A capacidade de realizar este teste poderá ser duplicada nas próximas semanas, mediante a disponibilidade de reagentes.

O ICVS e a Escola de Medicina estão ainda a validar vários testes serológicos que permitirão determinar quem são as pessoas que têm imunidade. “Há muitas empresas a vender testes, mas também existem muitos testes que não são eficientes e, portanto, não servem o seu propósito”, explica Margarida Correia Neves, professora e investigadora da Universidade do Minho.

Está assim a ser criado um banco de amostras biológicas, que ajudará a compreender se os testes comerciais são válidos para a nossa população. O ICVS começa estes testes entre esta e a próxima semana.