CP recorre de decisão sobre ausência de serviços mínimos e lamenta impacto das greves
A adesão ao segundo dia de greve dos trabalhadores da CP - Comboios de Portugal era de 100% às 07h30, com toda a circulação parada, disse à Lusa fonte sindical.

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A CP – Comboios de Portugal manifestou lamento pelos graves transtornos provocados pelas greves em curso, que têm afetado fortemente o dia a dia de centenas de milhares de passageiros em todo o país. CP com 100% de adesão à greve, asseguram sindicatos.
Em comunicado, a CP sublinha a sua preocupação com a ausência de serviços mínimos, decisão tomada pelo Tribunal Arbitral do Conselho Económico e Social. A CP considera que a medida compromete o interesse público e penaliza de forma desproporcional os cidadãos, ao dificultar o acesso ao trabalho, à educação e aos cuidados de saúde. Perante este cenário, foi interposto um recurso no Tribunal da Relação de Lisboa, contestando a decisão.
Durante o processo negocial, e em articulação com a tutela, a empresa apresentou aos sindicatos uma proposta de reestruturação das tabelas salariais no valor de 5,75 milhões de euros — o montante máximo permitido num contexto de governo em gestão. A proposta, no entanto, foi rejeitada pelas organizações sindicais.
Apesar do impasse, a CP reafirma o seu compromisso com os trabalhadores e assegura estar disponível para retomar as negociações assim que as condições o permitam. A empresa garante ainda manter o foco na prestação de um serviço ferroviário seguro, de qualidade e ajustado às necessidades dos seus clientes.