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E de repente fez-se Luz

Por Carlos Guimarães

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por Carlos Guimarães
Médico

Vivemos numa era de poeiras que se atravessam no nosso caminho. As poeiras não ajudam a caminhada e algumas, mesmo não sendo partículas, ferem mais do que as outras. A poeira vírica prende-nos os movimentos e turva a clareza da nossa mente, mesmo assim, temos de aprender a viver com ela e sobreviver.

Neste ambiente empoeirado acendem-se discussões em redor da dicotomia pública e privada na saúde, levantam-se questões que ferem a racionalidade, afirmações idiotas e propostas abstratas pouco inteligentes.

Sempre entendi o SNS como uma massa global de pessoas e instituições que se dedicam a cuidar da saúde. As instituições públicas e privadas focam-se no mesmo objetivo e são reguladas pelas mesmas entidades. As grandes diferenças entre ambas assentam sobretudo na forma como são financiadas e na liberdade de escolha das pessoas. O sistema público é financiado pelo estado e o privado é financiado pelo mercado livre; os primeiros não permitem a livre escolha dos utentes e os segundos vivem das escolhas livres das pessoas; as entidades públicas podem acumular prejuízos sucessivos e persistem, as entidades privadas que não forem lucrativas fecham a porta. Factos são factos.

Em 2016 o grupo Luz Saúde, que celebra o seu vigésimo aniversário, decidiu apostar num novo hospital na nossa cidade. Importou a sua experiência, o seu modelo de gestão, investiu em recursos estruturais, técnicos e humanos e fez nascer e crescer o Hospital da Luz Guimarães (HLG). A cidade, o concelho e a região careciam desta estrutura de saúde. A satisfação de toda a carência é um objetivo fulcral das pessoas e da sociedade. O passado e o presente prova-nos isso e a afirmação do HLG revela-se essencial para as pessoas que o procuram em número crescente e para as centenas de pessoas que aí encontram o seu emprego. Ao contrário do que muitas vezes se escuta, este hospital não se destina a gente rica e endinheirada, dedica-se a todas as pessoas, gente comum como todos nós, pessoas que pertencem aos mesmos estratos sociais que frequentam os hospitais públicos. A maior parte dos utentes do HLG está ligada a subsistemas de saúde e a seguradoras. Os profissionais e a estrutura dirigente do HLG focam o seu esforço e atividade no objetivo universal dos sistemas de saúde, ajudar a resolver os problemas de saúde de quem os procura. Esforçam-se por dar o seu melhor todos os dias e tentam criar um ambiente amável, honesto e eficiente que vá de encontro às expectativas das pessoas. Todos sabemos que a longevidade e o sucesso da casa e das nossas vidas se prende a critérios de qualidade. A qualidade dos serviços prestados mede-se pelo grau de satisfação de quem deles beneficia. Somos permanentemente auditados pelos utentes. A nossa persistência e longevidade depende dos resultados dessas auditorias contínuas, do escrutínio diário das nossas posturas. Temos a obrigação de ser responsáveis, valorosos e eficientes. A liberdade com que nos escolhem é a mesma com que nos abandonam.

Embora possam dizer o contrário, comunga-se um ambiente simbiótico entre o sistema público e privado, através da ciência, do intercâmbio profissional e da resposta nos cuidados de saúde.

Embora o HLG seja uma pequena unidade quando comparada com os grandes hospitais públicos de proximidade, alberga um número de valências e especialidades maior, o que permite oferecer cuidados de proximidade que de outra forma seriam impossíveis.

Somos a mesma moeda, cada um em sua face, não somos moedas diferentes procurando a desvalorização uma da outra. É desta forma que gostamos de ser compreendidos.

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