Por Eliseu Sampaio.Após mais de 25 anos de uma carreira recheada de grandes prestações e distinções, foi recentemente nomeada diretora artística do Teatro Nacional de São Carlos.

Maria Elisabete da Silva Duarte Matos nasceu em 1970 em Caldas das Taipas. Nascida numa família com bases de formação musical ligada à Banda Musical de Caldas das Taipas, enveredou pelos estudos musicais no Conservatório de Música Calouste Gulbenkian de Braga, onde estudou violino e canto.

Desde a sua estreia internacional em Hamburgo, Elisabete Matos pisou os mais importantes teatros do mundo, tais como: Metropolitan de Nova Iorque, Scala de Milão, Staatsoper de Viena, Deutsche Opera de Berlim, São Carlos de Nápoles, La Fenice de Veneza, Capitole de Toulouse, Teatro Real de Madrid, Liceu de Barcelona, Teatro Nacional do Japão, N.C.P. da China, Ópera de Los Angeles, Ópera de Washington, São Carlos de Lisboa, Ópera do Reno, Reggio de Turim, Ópera de Roma e Ópera de Nice, entre tantos outros.

Entre outras distinções, recebeu a medalha de Ouro de Mérito Artístico da Cidade de Guimarães, o grau de Oficial da Ordem do Infante D. Henrique, o Prémio Lyons della Lírica Italiana, o Prémio Bordalo da Imprensa, foi nomeada Grã-Oficial da Ordem do Infante D. Henrique e também condecorada com a Medalha de Mérito Cultural, pelo Ministério da Cultura.

Em 2000 tornou-se na primeira portuguesa a ser agraciada com o Grammy pela participação da gravação para a DECCA da Ópera “La Dolores” com Plácido Domingo.

A soprano vimaranense sucede agora, na direção artística do Teatro Nacional de São Carlos, a Patrick Dickie, e tem a difícil tarefa de ultrapassar os problemas que o único teatro de ópera português tem enfrentado nos últimos anos.

Guimarães deve orgulhar-se e apoiar os seus, ainda mais quando se conseguem projetar desta forma num mundo tão exigente como este, dos que pretendem manter a cultura não-pop de pé.

Parabéns Elisabete Matos.