O atropelamento trágico do vimaranense Afonso Gonçalves, jovem de 21 anos de idade, na Avenida dos Estados Unidos da América, em Lisboa, continua bem presente na memória de todos. Foi em setembro de 2024. Estudava na Universidade Nova de Lisboa e era natural da vila de S. Torcato, saía de casa de amigos quando se deu a ocorrência trágica. O condutor da viatura fugiu, abandonou o jovem no local, gravemente ferido. Veio a falecer no Hospital de S. José horas depois.

O motorista, com cadastro, acabou por ser detido um mês depois. Foi acusado pelo Ministério Público (MP) dos crimes de homicídio, condução perigosa e omissão de auxílio e aguarda julgamento em prisão preventiva. Afonso era membro da Antunia– Tuna de Ciências e Tecnologia da sua universidade, seguindo os passos do pai, Paulo Gonçalves, que desde quinta-feira, juntamente com a família, se encontra em Lisboa, para participar neste protesto. Ao Mais Guimarães, disse que esta era uma forma de “manter alguma sanidade mental” no meio de um turbilhão de emoções, depois de uma perda grande para família e amigos do jovem, de S. Torcato. “Uma perda irreparável para todos”, e este protesto é encarado pelo pai do jovem como “uma missão, para evitar que haja mais Afonsos”.

Está à espera de muita gente presente nesta manifestação, sendo certo que marcará presença a família de Afonso, amigos e a comunidade académica, na qual o jovem estava inserido. Paulo Gonçalves diz ter a indicação de que serão muitos os vimaranenses que também farão questão de marcar presença. A manifestação acontece este sábado, dia 08, às 17h00, no cruzamento da Av. Estados Unidos da América com a Av. Rio de Janeiro, em Lisboa, precisamente o local do trágico acontecimento.

O protesto designa-se “O Afonso pode salvar vidas” – Manifestação pela alteração da moldura penal da omissão de auxílio, pela implementação de medidas eficazes de redução da sinistralidade. O encontro que tem o objetivo de lembrar o Afonso, assim como de dar início a uma petição para que a Assembleia da República discuta o agravamento da moldura penal da omissão de auxílio, especialmente nos casos de atropelamento com vítimas mortais. Atualmente, a lei diz que fugir de um atropelamento pode ser menos penalizado do que conduzir alcoolizado.