“Fatura Social” vai mostrar aos pais quanto custa ao município a educação dos filhos
Ricardo Araújo voltou a defender esta quinta-feira, na reunião do […]
Ricardo Araújo voltou a defender esta quinta-feira, na reunião do executivo, a atribuição de um apoio municipal para a aquisição de material escolar destinado a todas famílias vimaranenses com alunos a frequentar os estabelecimentos de ensino do concelho. A proposta foi rejeitada pela maioria socialista.
Adelina Pinto, vereadora da Educação, apontou para os “muitos milhões” que o município já gasta na educação das crianças e jovens de Guimarães, que “gasta porque quer”, e considera que os educadores devem passar a conhecer esses valores detalhadamente. Por isso, a câmara municipal vai avançar com a “Fatura Social”.
A proposta social-democrata já havia sido feita há um ano e voltou a ser reiterada num “momento particularmente difícil para a economia e as famílias”, referiu Ricardo Araújo, notando que a proposta defende que o apoio financeiro para a aquisição de material escolar deveria ser “obrigatoriamente” usado no comércio tradicional vimaranense.
“As famílias vimaranenses apenas não têm hoje mais apoios para suportar as despesas escolares porque o PS não quer”, disse.
A proposta do PSD defende a atribuição de um vale a todos os alunos matriculados em Guimarães até ao ensino secundário. «A nossa proposta já fazia todo o sentido há um ano, mas hoje, face ao avolumar do custo de vida, das crescentes despesas das famílias nos diversos domínios, faz ainda mais sentido e justifica-se plenamente por contribuir para aliviar o elevado esforço de muitos com a educação dos seus filhos. Infelizmente, o PS em Guimarães entende que não», observou e lamentou Ricardo Araújo.
“Teríamos aqui um ganho duplo neste apoio económico às famílias e ao nosso comércio, dado que o vale teria que ser obrigatoriamente usado em compras no comércio tradicional do nosso concelho, mas, em vez disso, temos um dupla e lamentável perda”, concluiu Ricardo Araújo.
“Queremos que as pessoas percebam que o investimento está a ser feito pelo município”
Na resposta ao vereador social democrata, Adelina Paula Pinto, vereadora da Educação, apontou que a Câmara Municipal de Guimarães gasta já milhões na educação “porque quer, porque é o nosso projeto e nosso objetivo. Gasta porque acredita que o futuro se faz nas escolas”, acrescentou, apontando para a “igualdade” de condições dos alunos do concelho.
“A coesão territorial faz-se dando as mesmas condições a todos. Um menino numa escola do centro da cidade tem as mesmas condições, o mesmo projeto, o mesmo lanche, o mesmo transporte que tem um menino de uma escola mais afastada, e isso custa-nos milhões de euros, e são assumidos, referiu.
As pessoas “não têm noção que gastamos um milhão de euros em transporte, um milhão e meio em lanches, 500 mil euros para fazer projetos que estimulam as crianças ou 200 mil euros em autocarros para levar os miúdos ao Vila Flor. Isto para falar do adicional, a que podemos juntar as refeições, as visitas de estudo, e outras despesas decorrentes do normal funcionamento das escolas”, acrescentou a vereadora.
Daí que o município pretende lançar a “Fatura Social”, para que que os encarregados de educação percebam exatamente qual a despesa que o município tem com os educandos. “Não vamos cobrar nada às pessoas, só queremos que as pessoas tenham o conhecimento do que pagariam se isto fosse um mercado livre, privado”, terminou Adelina Pinto.
Relativamente ao arranque do ano escolar está a decorrer com “normalidade”, mas com a agravante do concelho ter, este ano, mais de 600 novos alunos, o que obrigou o município, “de repente, a ter de comprar novo equipamento e colocar mais funcionários”, mas “isto é um processo normal da abertura de um ano letivo”, disse a vereadora da Educação.
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