Os Fornos da Cruz de Pedra, localizados na Rua das Lameiras, em Creixomil, abriram ao público nesta terça-feira. O espaço agora abriga uma loja, atelier e um núcleo museológico, formando o Centro de Artes e Ofícios dos Fornos da Cruz de Pedra.

Paulo Lopes Silva, vereador da Cultura e também presidente da Direção d’A Oficina, começa por destacar que a missão principal do projeto é “cuidar do nosso património, do artesanato, da olaria e dos bordados de Guimarães”, expondo que, quando o município os desafia a gerir o espaço dos Fornos da Cruz de Pedra, assumem-no como “uma missão natural”. No seu discurso, o presidente d’A Oficina admite que o objetivo do espaço é “preservar as artes naturais do território, dá-las a conhecer e fazer a ligação entre a tradição e a contemporaneidade”, reconhecendo que a base será “trabalhar as artes tardicionais com vista para o futuro”.

© Eliseu Sampaio/ Mais Guimarães

O vereador da cultura termina dizendo que esta “é uma missão que A Oficina encara com entusiamo e naturalidade de quem se dedica à preservação da memória e do futuro”, reforçando que, pelo menos até ao final do anos, a entrada será gratuita.

Domingos Bragança, presidente da Câmara Municipal de Guimarães, lembra que o espaço foi “um local identitário” para a cidade, uma vez que foi ali que nasceu a Cooperativa A Oficina. O presidente do município convida todos os vimaranenses a “meter a mão no barro” e propõe ainda, um programa escolar dedicado às crianças do 1ºciclo para que possam “ser oleiros por um dia”, uma experiência que acredita “ficar marcada na memória das nossas crianças”.

O novo espaço, situado numa antiga olaria e casa de habitação de uma família de oleiros, já havia sido inaugurado a 24 de junho, no âmbito das comemorações do 896.º aniversário da Batalha de São Mamede.