Futuro da Coelima é decidido hoje

A insolvência da Coelima foi decretada a 22 de abril.

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Os credores da Coelima reúnem-se hoje, dia 18 de junho, no Tribunal de Comércio de Guimarães, para apreciarem o relatório do administrador de insolvência da empresa. Há três propostas de compra para a empresa.

Foto: DR

Pedro Pidwell, o administrador de insolvência, avançou que espera que “o assunto fique resolvido”.

Parte integrante do grupo MoreTextile – que, em 2011, resultou da fusão com a JMA e a António Almeida & Filhos e cujo acionista principal é o Fundo de Recuperação gerido pela ECS Capital , no qual o Estado tem uma participação, a Coelima apresentou-se à insolvência no passado dia 14 de abril. A administração alegou uma quebra de vendas superior a 60% provocada pela pandemia e da não aprovação das candidaturas que apresentou às linhas covid-19. O Governo veio, mais tarde, a negar qualquer pedido de ajudas por parte da Coelima no âmbito das linhas de apoio covid-19 uma questão que nunca ficou esclarecida.

A insolvência da Coelima foi decretada a 22 de abril. A empresa apresentava um passivo de perto de 30 milhões de euros e cerca de 250 credores no fecho de contas de 2020.

A administração da Coelima começou por dizer que apresentaria um plano de recuperação da empresa, contudo, tal não se verificou. A administração da empresa alega que não estão “reunidas as condições que permitam assegurar a manutenção da exploração”, isto numa altura em que o setor dos têxteis lar apresenta resultados altamente positivos.

Talvez por o setor estar a viver um bom momento, surgiram três propostas para adquirir a empresa. A primeira por parte de um consórcio de Guimarães composto pelas sociedades RTL (detida pelo empresário e antigo trabalhador da Coelima Alfredo Jorge Teixeira) e José Fontão & Cia, que assume como “fim único manter viva a empresa e a marca Coelima, empresa centenária, histórica e que alberga mais de 250 famílias através dos seus trabalhadores”.

A esta proposta juntaram-se mais duas, também de empresas interessadas em manter em atividade a Coelima e assegurar os cerca de 250 postos de trabalho existentes: uma de um consórcio constituído pela Felpinter, de Santo Tirso, e pela Mundotêxtil, de Vizela; e outra da têxtil Mabera, de Vila Nova de Famalicão.

Entre os principais credores da Coelima destacam-se os trabalhadores (que reclamam créditos de 10,82 milhões de euros), a Caixa Geral de Depósitos (10,44 milhões de euros), o Fundo Autónomo de Apoio à Concentração e Consolidação de Empresas (FACCE, que reclama 9,61 milhões de euros), o Novo Banco (7,41 milhões de euros) e o BCP (4,82 milhões de euros).

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