Grupo de cientistas propõe mapa de controlo pandémico

Um grupo multidisciplinar de cientistas fez uma proposta de mapa de controlo pandémico, que pretende servir de “esqueleto” para um plano de mitigação mais abrangente da pandemia em Portugal.

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Um grupo multidisciplinar de cientistas fez uma proposta de mapa de controlo pandémico, que pretende servir de “esqueleto” para um plano de mitigação mais abrangente da pandemia em Portugal.

Foto: DR

O documento intitulado “Proposta de mapa de controlo pandémico” baseia-se em publicações de diferentes autoridades de saúde e em artigos científicos validados por outros cientistas. “Oferece indicações técnicas e sugere uma estratégia para controlo pandémico”, lê-se no documento, que se divide em duas partes.

A primeira parte propõe um “mapa” que pode servir de base de trabalho para uma estratégia de médio prazo que seguiu práticas internacionais e foi adaptado à realidade portuguesa. Este mapa reparte-se em cinco pontos:

  • Testar – recomenda-se que deve ser posta em prática uma estratégia de testes em massa, com diferentes naturezas e objetivos desde testes de diagnóstico específicos até testes de monitorização mais frequentes e abrangentes. Além da presença da infeção, devem ser criados roteiros aleatórios de aplicação de testes serológicos (para se saber quem já esteve infetado e se está imune tanto ao vírus com que se foi infetado como quanto às variantes) e de genotipagem (para se conhecer bem que variantes estão em circulação) do SARS-CoV-2. 
  • Seguir – necessidade de se desenvolver um novo sistema de informação integrado, rápido ou flexível que possa apoiar a vigilância e a decisão. “A maneira como estamos a recolher, analisar e tratar a informação não é eficiente e não foi pensada para uma pandemia deste género”, afirma Joana Gonçalves de Sádo Laboratório de Instrumentação e Física Experimental de Partículas (LIP) e uma das autoras da proposta. 
  • Isolar – indica-se que a testagem tem de ser acompanhada por rastreio de contactos e medidas de apoio ao isolamento.
  • Vacinar – considera-se que deve ser usada sobretudo como medida de redução da mortalidade e a idade deve ser o principal critério de prioridade. “A partir do momento em que ainda não é sabido até que ponto é que a vacina bloqueia a transmissão ou vai permitir oferecer imunidade e durante quanto tempo, a prioridade da vacinação deve ser para reduzir a mortalidade e salvar vidas”, nota Joana Gonçalves de Sá. 
  • Informar –  aponta-se que é fundamental comunicar de forma bidirecional e clara com a população, para que sejam compreendidas as regras de mitigação, exista adesão ou se conheçam as preocupações e os riscos de não-adesão.

É de salientar que a proposta está aberta a contributos de outros especialistas e espera-se que seja entregue ao Governo esta quarta-feira.

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