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Guimarães testa monitorização de recursos hídricos em tempo real

Projeto faz parte do Plano de Ação 2020-2021 e está a ser testado no Rio Selho.

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Projeto faz parte do Plano de Ação 2020-2021 e está a ser testado no Rio Selho.

Um plano de caracterização das águas subterrâneas, um sistema de monitorização dos recursos hídricos ou a execução de um mapa verde para potenciar o turismo de natureza foram algumas das ações apresentadas esta segunda-feira no início da Reunião de Câmara desta segunda-feira por Isabel Loureiro, coordenadora geral da Estrutura de Missão Guimarães 2030, fez a apresentação do Plano de Ação 2020-2021. Este plano de ação, que envolve uma equipa multidisciplinar, constituída por elementos pertencentes às diversas entidades da Estrutura de Missão, contempla três tipologias de projetos – em curso, em contínuo –, engloba 10 grupos de trabalho e aborda 19 temas relacionados com os Objetivos do Desenvolvimento Sustentável (ODS).

Um dos projetos em destaque foi o sistema de monitorização em tempo real dos recursos hídricos do concelho. Na reunião de câmara, o diretor executivo do Laboratório da Paisagem, Carlos Ribeiro, explicou que, apesar de já terem sido analisadas diversas amostragens desde 2015 através de outro sistema, a análise em tempo real permite transportar os dados para uma plataforma digital de acesso a todos. “Aumenta aquilo que é a fiabilidade dos nossos dados. Vai medir diferentes parâmetros para perceber variações em determinados dias e que nos deem uma base de dados fidedigna e maior do que duas vezes por ano. Além disso, permite que o cidadão tenha acesso aos dados em tempo real”, explicou.

O sistema foi testado desde junho de 2019 até maio deste ano na ribeira Costa/Couro e agora está a ser testado no rio Selho, junto ao Laboratório da Paisagem. “Permite detetar com maior rapidez alguma anomalia na linha de água, como as descargas poluentes”, avançou.

O Laboratório da Paisagem, não sendo uma entidade fiscalizadora, tem vindo a notificar as entidades competentes de eventuais focos de poluição ou descargas, para que possam agir em conformidade. Esses alertas foram feitos na sequência de observação direta, por coincidência de descargas em dias de recolha de amostragens ou por informação que nos chegou via canais do Laboratório da Paisagem. Tal como a referência ao sistema de monitorização em tempo real está ainda em processo de testes/calibração, as informações obtidas são, ainda, essencialmente, por observação direta, por coincidência de descargas em dias de recolha de amostragens ou por informação que nos chega via canais do Laboratório da Paisagem.

Assim, em termos de registos de contaminação no rio Selho, o Laboratório comunicou às entidades competentes uma média de uma descarga por ano (2015, 2019 e 2020). No caso do rio Ave houve, em média, duas notificações por ano (em média, sendo que em 2018 não temos registos), sendo a última sido referente a outubro de 2019, sobre a qual o SEPNA já tinha informação prévia. Refira-se ainda que, desde 2014, têm sido produzidos relatórios sobre a qualidade da água da ribeira Costa/Couros e rio Selho que demonstram “uma evolução positiva quanto à qualidade da água e ao restauro dos ecossistemas”, revelou Carlos Ribeiro.

Melhorar as previsões meteorológicas

Outro projeto, que deverá ser implementado em 2022, será realizado em colaboração com o IPMA e passará pelo incremento no número de sensores para contribuir para as previsões meteorológicas, para que não haja dependência das previsões de Braga. Atualmente, há quatro estações calibradas instaladas em Guimarães. “A ideia é garantir maior autonomia relativamente à analise e caracterização das condições meteorológicas relativamente ao município. Os dados que são remetidos estão associados a Braga”, explicou Sofia Ferreira. Os projetos em curso e em contínuo resultam do trabalho já executado no âmbito da candidatura de Guimarães ao título de Capital Verde Europeia, tendo sido mantidos em face dos resultados obtidos e da importância da sua continuidade no âmbito do desenvolvimento sustentável do território

Após a apresentação do Plano de Ação, o vereador André Coelho Lima, do PSD, elogiou o projeto, apontou a necessidade de monitorizar a situação para “sabermos onde intervir”. “A monitorização é fulcral. Sem isso não conseguimos tomar as decisões de onde atacar em primeiro lugar. Temos que ter os índices devidamente monitorizados”, sublinhou.

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