Ao longo do verão, Catarina Braga, Dora Vieira, Mariana Sardon e Renato Cruz Santos irão desenvolver novas criações, que serão posteriormente apresentadas nas três instituições culturais. A edição de 2025 contou com 38 candidaturas, avaliadas por um júri composto por Luís Fernandes (gnration), João Terras (CIAJG), Mário Micaelo (Solar) e pela artista Joana Pestana, que este ano também assume o acompanhamento curatorial dos projetos.

Natural de Guimarães, Catarina Braga propõe uma instalação que investiga a origem do emoji da planta, mergulhando em arquivos digitais, coleções de museus e herbários online, numa busca simbólica pela “planta-mãe” que possa ter dado origem a este ícone da comunicação digital.

Já a artista e musicista Dora Vieira desenvolve uma instalação imersiva que cruza arte, biotecnologia e ficção científica. Inspirando-se em figuras míticas como o Golem, Frankenstein e o Homúnculo alquímico, o projeto explora a criação da vida a partir do inanimado e a transformação do corpo humano.

A artista sonora Mariana Sardon, por sua vez, irá aprofundar a sua investigação em torno da Cracklebox — um sintetizador eletrónico de timbres imprevisíveis — criando uma obra que combina instalação generativa e performance, numa fusão entre arte eletrónica e construção sonora artesanal.

Por fim, Renato Cruz Santos, artista das Caxinas (Vila do Conde), apresenta um trabalho que parte da imagem de um penedo no mar, visível da sua terra natal, para refletir sobre as relações entre tempo geológico, memória coletiva e o impacto da urbanização na identidade dos lugares.

Criado em 2015 pelo gnration, o programa Laboratórios de Verão tem vindo a afirmar-se como uma plataforma para o surgimento de projetos artísticos inovadores na região do distrito de Braga e no concelho de Vila do Conde. Ao longo das suas dez edições anteriores, apoiou mais de 30 projetos e cerca de 50 artistas. A edição de 2025 conta também com a parceria do LAC – Laboratório de Actividades Criativas, de Lagos.