Hopeless: Onde a desesperança se converte numa força poderosa que leva à ação

Espetáculo acontece esta sexta-feira.

hopeless com barra

É no foyer do Grande Auditório Francisca Abreu que se inicia o “Hopeless”, um espetáculo com uma “intensidade brutal”, onde o público experiência a performance a partir de vários ângulos.

© Mais Guimarães

Inicia-se aí a experiência imersiva, onde ecoam sons de animais e se ouvem histórias que documentam a extinção de diferentes espécies. É levantado o véu sobre tudo aquilo que estará refletido no espetáculo, que tem como base a antiguidade e poesia greco-romana de Teócrito e Virgílio e a divisão da natureza e da civilização no pensamento ocidental.

Sergiu Matis, coreógrafo romeno, explica que o público pode esperar “uma poesia contemporânea, com apontamentos do passado, através de textos científicos sobre extinção de espécies”.

Trata-se de “olhar o passado para perceber os traumas pelos quais passamos” e recordada, por exemplo, a época histórica em que os pastores apregoavam a beleza da natureza à metrópole de Atenas.

© Mais Guimarães

Nesta peça, são “forjados novos cenários pastoris a partir de vestígios e fragmentos recolhidos numa biblioteca de sons de animais extintos ou em antigas traduções dos idílios”, que são integrados num ambiente pós-traumático e pós-apocalíptico onde está refletida a perda da natureza e problemas ambientais que gradualmente se agravam.

Durante o espetáculo, o público irá viver a experiência através de três ângulos distintos – nomeadamente a partir do palco -, nos quais o som e a proximidade aos objetos e atores prometem causar forte impacto.

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É precisamente num estado de desesperança (Hopeless) que Martin Hansen, Sergiu Matis e Manon Parent tentam “recompor o que ainda é possível conservar” e, ao mesmo tempo, “fazem o luto das perdas que ainda estão por vir”. A desesperança surge, assim, não como um estado de paralisia, mas como uma força que os leva a agir.

“Hopeless” ganhou forma em 2019, pouco antes da chegada da pandemia de Covid-19, o que lhe veio a conferir uma maior “ousadia e brutalidade”, explica Sergiu Matis, acrescentando que “não houve uma sensibilidade tão forte aos traumas trazidos pela pandemia”.

O espetáculo, que é apresentado esta sexta-feira, no Grande Auditório Francisca Abreu, pelas 21h30, está inserido na programação de Cenários Passados” da Odisseia Nacional promovida pelo Teatro D. Maria II. Consulte toda a programação aqui.

© Mais Guimarães

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