Hugo Ribeiro refere que sem prazos o estudo de mobilidade pode ser uma “utopia”

Domingos Bragança lembra estão envolvidos investimentos na ordem dos 700 milhões de euros.

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O Município de Guimarães apresentou no passado dia 28 de abril, o “Desenvolvimento do Estudo de Sistema de Transporte Público em Via Dedicada”, um estudo desenvolvido por Álvaro Costa, que retrata a mobilidade no concelho dentro de 20 anos.

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O estudo aponta opções de mobilidade sobretudo para a malha urbana e para a ligação às principais estradas nacionais que servem o território e ligam Guimarães aos concelhos de Vila Nova de Famalicão (N206), Braga (N101) e Santo Tirso (N105).

Este foi precisamente um dos temas abordados na reunião do executivo municipal da passada quinta-feira, 5 de maio, no período antes da ordem do dia.

O vereador Hugo Ribeiro viu com agrado a apresentação do estudo, mas reitera que faltam prazos para a sua execução, assim como definição de prioridades. O social-democrata indagou Domingos Bragança sobre qual o cronograma previsto para a resolução dos problemas de mobilidade que afetam diariamente os vimaranenses.

“O diagnóstico foi bem feito, mas quando não há o compromisso de um cronograma concreto para resolver as questões estruturantes do concelho, nomeadamente as estradas nacionais 101,105 e 206, leva-me quase a cair na tentação de considerar este estudo uma utopia”, referiu aos jornalistas.

Hugo Ribeiro sublinha que estes problemas de mobilidade são conhecidos há muitos anos e, até agora, “não viram nenhuma solução do executivo que está no poder há 30 anos e ainda aponta mais duas décadas para resolver problemas que afetam o dia a dia de todos os vimaranenses”.

Assim, “urge definir prioridades e saber qual é que é a via que primeiro será intervencionada. Penso que o presidente da Câmara tem os meios técnicos bastantes para saber calendarizar algo concreto”, explica, acrescentando que, a ser ver, a EN 101 é “uma das mais problemáticas”.

Com a consciência de que o município não tem “dimensão financeira para alguns investimentos” e que, por esse motivo, se espera “financiamento da comunidade europeia e do Estado”, Hugo Ribeiro frisa que “há coisas mais pequenas que podem ser feitas de imediato”.

O presidente da Câmara Municipal enalteceu o estudo apresentado, que retrata “o futuro da mobilidade em Guimarães”, elaborado por Álvaro Costa “um dos maiores especialistas em mobilidade do país”.

Domingos Bragança lembra estão envolvidos investimentos na ordem dos 700 milhões de euros. “Se nós não tivermos acordos com o Governo e candidaturas na União Europeia, não conseguimos fazer este investimento sob pena de parar todos os outros investimentos nas diversas áreas”, explicou o edil vimaranense.

Desta forma, a calendarização “tem de ser feita à medida que vamos obtendo candidaturas à UE aprovadas e aprovação por acordos e protocolos com o Governo, até porque muitas destas obras são da responsabilidade do Governo”, refere Domingos Bragança, dando como exemplo a ligação por eixo ferroviário à futura estação de alta velocidade e o metro ligeiro de superfície.

Com o estudo finalizado, é hora de “apresentar projetos” e submeter as candidaturas aos programas do Governo, nomeadamente ao PRR e Portugal 2030.

Trata-se de um “processo longo”, uma vez que é necessária ocupação de espaços e terrenos, o que “obriga a expropriações, inutilização de reservas e um longo processo negocial com o ministério do Ambiente, Agência portuguesa do Ambiente e as diversas tutelas”.

O presidente da Câmara Municipal anunciou ainda a beneficiação da variante de Creixomil, conforme assumido pelas Infraestruturas de Portugal.

As obras vão iniciar-se a 30 de maio e vão decorrer em regime noturno, entre as 20h00 e as 07h30, com a duração prevista de 10 a 15 noites.

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