JULGAMENTO RALI SPRINT: ARGUIDOS DIZEM QUE AS AUTORIDADES ERAM RESPONSÁVEIS PELA SEGURANÇA DO PÚBLICO

O acidente no Rali Sprint Guimarães provocou a morte de uma mulher de 48 anos, do seu filho de oito e de um adolescente de 13.

rali sprint destaque

@Hugo Delgado/LUSA

Esta quarta-feira, dia 13 de fevereiro, começou o julgamento seis arguidos, relativos ao caso Rali Sprint Guimarães, que provocou a morte de três pessoas em setembro de 2014, na Lapinha.

Dos seis indivíduos constituídos arguidos, cinco pertencem à Motor Clube de Guimarães (MCG), a entidade responsável pela organização da prova, e um mecânico. De acordo com o diretor da prova e ex-presidente do clube, Eduardo Crespo, as autoridades, PSP, GNR e Polícia Municipal, é que tinham a responsabilidade pela segurança do público. “O rali estava aprovado e licenciado por todas as entidades, tendo ficado claro que a segurança dos espetadores ficava a cargo das autoridades policiais”, referiu o presidente do MCG, no início do julgamento, no tribunal daquela comarca.

De acordo com a Agência Lusa, também o vice-presidente, João Júlio, corroborou as declarações de Eduardo Crespo, sublinhando que a direção “não tinha qualquer poder decisório” sobre a segurança de quem assistia ao rali. “Disseram que ou faziam a prova como eles queriam ou não se fazia prova nenhuma”, apontou.

Por outro lado, o mecânico, também ele sentado no banco dos réus, negou qualquer culpa no acidente, afirmando que não efetuou alterações no carro envolvido no despiste.

O Ministério Público diz que o rali foi levado a cabo “em flagrante violação das normas que regem a segurança” deste tipo de corridas, acrescentando ainda que o acidente foi induzido pelas alterações efetuadas ao carro que se despistou, nomeadamente o alargamento da carroçaria.

Recorde-se que o acidente no Rali Sprint Guimarães provocou a morte de uma mulher de 48 anos, do seu filho de oito e de um adolescente de 13.

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