LEITÕES: TRÊS QUILÓMETROS PELA ELIMINAÇÃO DA VIOLÊNCIA CONTRA AS MULHERES

Caminhada e aula de defesa pessoal fazem parte do programa do evento organizado pela Associação de Defesa dos Direitos Humanos de Guimarães. A associação já efetuou 10 atendimentos no espaço de um ano.

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Caminhada e aula de defesa pessoal fazem parte do programa do evento organizado pela Associação de Defesa dos Direitos Humanos de Guimarães. A associação já efetuou 10 atendimentos no espaço de um ano.

© ADDHG

É um problema “que assola a nossa comunidade e que vive mesmo ao nosso lado”. Quem o diz é Tânia Salgado, presidente da Associação de Defesa dos Direitos Humanos de Guimarães (ADDHG), que, pelo segundo ano consecutivo, organiza uma caminhada no âmbito do Dia Internacional pela Eliminação da Violência contra as Mulheres. A caminhada está marcada para este domingo e no programa consta ainda uma aula de defesa pessoal. A sede da Junta de Freguesia de Leitões acolhe a iniciativa e é de lá que parte a marcha de três quilómetros. A inscrição tem o custo de 5 euros e é possível efetuá-la ainda este domingo, antes da caminhada.

Segundo a presidente da ADDHG, tem havido uma maior consciencialização por parte da sociedade para a violência doméstica, “dada a grande quantidade de campanhas que têm sido feitas”. Ainda assim, as vítimas de violência doméstica residentes em “zonas mais rurais” têm maior dificuldade no acesso a variadas informações: “Por vezes não sabem onde se devem dirigir e queremos trabalhar nesse âmbito, de estreitar as redes nas zonas mais rurais”, explica. A ADDHG é “uma entidade de primeira linha”. Significa isso que a associação “recebe e procede à avaliação das vítimas”, fazendo depois o “reencaminhamento adequado” a cada caso.

A associação só tem um ano de existência, mas já efetuou “dez atendimentos”. “Um número elevado”, aponta Tânia Salgado. Ainda assim, a presidente da ADDHG refere que cada vez mais há “pedidos de informações”, entrando em contacto com a associação para, por vezes, “ajudar amigas”. Segundo os dados divulgados pela ministra da Presidência, em 2019 foram mortas 33 pessoas em contexto de violência doméstica: 25 mulheres adultas, uma criança e sete homens. Nos últimos 15 anos, segundo o Observatório de Mulheres Assassinadas da União de Mulheres Alternativa e Resposta (UMAR), foram assassinadas mais de 500 mulheres no contexto de relações de intimidade e relações familiares, havendo “618 vítimas de tentativa de femicídio”.  

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