“Mais Vidro, Mais Reciclagem” quer revolucionar a reciclagem nos estabelecimentos vimaranenses

Porjeto surge da necessidade de criar uma “estratégia para que o país pudesse alcançar as metas de reciclagem de vidro em 2025”, que se fixam nos 75%.

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O Laboratório da Paisagem de Guimarães recebeu, esta terça-feira, a apresentação do projeto “Horecafazpartedasolução: Mais Vidro, Mais Reciclagem”. O projeto, que une a Sociedade Ponto Verde (SPV) e a Associação dos Industriais de Vidro de Embalagem (AIVE), pretende mobilizar o canal Horeca, que engloba os setores da hotelaria, restauração, cafetaria e catering, para um aumento da reciclagem das embalagens de vidro. Com a duração de 18 meses, será testado nos concelhos de Guimarães, Matosinhos, Espinho, Vizela, Gondomar, Cascais e Algarve e vai abranger 1500 estabelecimentos comerciais.

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Ana Trigo Morais, CEO da SPV, explica que atualmente a taxa de reciclagem deste material ronda apenas os 56%. Assim, o projeto surge da necessidade de criar uma “estratégia para que o país pudesse alcançar as metas de reciclagem de vidro em 2025”, que se fixam nos 75%.

Desta forma, tornou-se urgente “encontrar soluções adaptadas ao canal Horeca”, que é também o que mais utiliza as embalagens de vidro. Dados apresentados por Beatriz Freitas, secretária-geral da AIVE, mostram que cada Horeca produz, em média, anualmente, 2.045 quilos de embalagens de vidro, enquanto que os lares apenas produzem 63 quilos. Com cerca de 97 mil toneladas anuais que não estão a ser aproveitadas, “reside neste canal a oportunidade mais eficiente de recuperação do vidro usado, pala sua concentração de produção”.

O projeto “Horecafazpartedasolução: Mais Vidro, Mais Reciclagem” apresenta um inovador sistema de vidrões com basculamento assistido, desenvolvido para o canal Horeca, para que lhes seja mais fácil proceder à separação do vidro e, por consequência, aumentar a reciclagem de vidro em Portugal. Os ecopontos são suportados por um mecanismo tecnológico, que vão baldear automaticamente um contentor de 120 litros de uma única vez. Desta forma, o processo manual de colocação das embalagens uma a uma é anulado, o que torna a separação mais célere e eficaz.

Entre os benefícios apresentados pelo programa está também o facto de os estabelecimentos poderem colocar o vidro num horário alargado, uma vez que cada um possui uma chave que dará acesso a essa funcionalidade do ecoponto, explicou Susana Ramalho, responsável dos operadores de recolha da Sociedade Ponto Verde, acrescentando que os “vidrões não são colocados na rua exclusivamente para os estabelecimentos Horeca e que podem ser utilizados pelos munícipes, ou seja, servem toda a população”.

Numa primeira fase do projeto serão identificadas as áreas de implementação dos 270 ecopontos disponíveis, bem como a angariação de estabelecimentos para a sua utilização. De seguida, os vidrões serão colocados no terreno e entregues os contentores de 120 litros aos estabelecimentos comerciais, que terão uma formação sobre as formas de utilização do vidrão.

As últimas fases do projeto consistem na monotorização, junto de cada espaço, acerca da utilização do referido ecoponto, a par da medição do grau de enchimento e frequência da recolha antes de depois da implementação da iniciativa.

Sandra Santos, presidente da AIVE, sublinha que “quanto mais embalagens de vidro usadas forem recolhidas, mais será possível utilizar pela indústria vidreira no seu processo produtivo, para dar origem a novas embalagens de vidro. Era possível reciclar 100% das embalagens de vidro que utilizamos em Portugal, se as conseguíssemos recolher. Reciclar as embalagens de vidro usadas, não é uma obrigação imposta, mas uma oportunidade com vantagens em termos de eficiência e sustentabilidade.”

Quanto à implementação do projeto em Guimarães, Sofia Ferreira, vereadora do ambiente na Câmara Municipal, destaca que será um “excelente contributo para dar continuidade ao trabalho que já está no terreno há alguns anos” no concelho, lembrando que a autarquia colocou, em 2014, “na agenda política a importância do desenvolvimento sustentável” e “área dos resíduos assume um papel determinante”.

Defendendo que “este é um projeto que vem acrescentar”, a responsável reconheceu a “persistência de constrangimentos associados à deposição destes resíduos no canal Horeca” também em Guimarães, referindo que “a implementação do projeto vai contribuir para o trabalho realizado ao nível das políticas municipais”.

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