“Basta de promessas, basta de adiamentos. Não aguentamos mais, queremos “Casas para Viver” e um “Planeta para Morar” e vamos lutar por isso. Dia 30, toda a gente ao Toural!”, apela a organização da manifestação, convocada pela Plataforma Artigo 65.º.

Guimarães vai juntar-se assim às principais cidades portuguesas e também organiza a manifestação “Casas para Viver”. O ponto de encontro será no Toural, pelas 15h00, do dia 30 de setembro.

Convocada pela Plataforma Artigo 65.°, a chamada “une algumas das principais associações de moradores a diversos movimentos cívicos e ativistas de Guimarães, na luta pelo direito à habitação”, anuncia a nota enviada às redações.

Uma convocatória que surge porque, pode ler-se, “estamos a atravessar a maior crise de habitação jamais conhecida e as soluções apresentadas pelo Governo e pela Autarquia não passam de cuidados paliativos que continuam a subsidiar o sistema e a perpetuar a mercantilização de um direito constitucional que não está a ser consagrado”. Desta forma, a Plataforma Artigo 65.° desafia todas as pessoas a saírem à rua para reivindicar os seus direitos.

A nota lembra que “compete ao Estado e à Autarquia Local mediar os conflitos entre a sociedade e garantir justiça e dignidade humana na vivência de todas as pessoas”. Todavia, refere que as políticas públicas “negligenciaram o bem comum e favoreceram a especulação imobiliária que trouxe a respetiva subida das rendas e do preço das casas, a falta de aposta na habitação permanente, passando também a promover a degradação da habitação existente”.

Como consequência, “deixamos de ter condições para viver com dignidade, por isso, precisamos sair à rua para lutar pelos direitos e pela dignidade que nos são devidas”, acrescentam.

Plataforma Artigo 65.° apresenta-se como um “movimento horizontal e suprapartidário onde todas as pessoas e organizações são bem-vindas, para, em igualdade, construir a luta pelo direito à habitação”.

A nota indica que a manifestação inclui a Associação de Moradores do Bairro de São Gonçalo, a Associação de Moradores da Emboladoura, Associação de Moradores da Zona Urbana da Conceição, a Guimarães LGBTQIA+, 8M Guimarães, XR Guimarães, o Movimento Virgínia Moura, o Núcleo Antifascista de Guimarães e a Headbangers Antifascistas.