A equipa de guarda-rios, em Guimarães, foi reforçada com dois novos elementos, desta vez do sexo feminino, anunciou a Vitrus Ambiente em comunicado às redações.

Raquel Costa e Mónica Azevedo são as duas novas guarda-rios no projeto desenvolvido pela Vitrus Ambiente, em parceria com o município de Guimarães. Um ano e meio depois do lançamento deste projeto, inicialmente constituído por dois homens, a equipa de guarda-rios em Guimarães foi reforçada com a presença de dois elementos no feminino.

A profissão de guarda-rios existiu em Portugal entre o século XVIII e o século XX, tendo sido extinta. Nos últimos anos, face à crescente preocupação com as alterações climáticas e necessidade de adoção de comportamentos sustentáveis, o ressurgimento da profissão tornou-se inevitável e abre-se também às mulheres.

O presidente do Conselho de Administração da Vitrus, Sérgio Castro Rocha, salienta que a aposta em mulheres para as funções de guarda-rios “vinca um posicionamento diferenciador da empresa municipal perante os desafios e oportunidades que se abrem às mulheres e assim demonstrar, na prática, o direito de igualdade”. Sérgio Castro Rocha destaca “o trabalho de proximidade com os cidadãos” no âmbito das funções dos guarda-rios. “Todos os dias estão no terreno e só assim é possível contribuir para melhorar ou prevenir as nossas linhas de água, que atravessam o concelho, através do rio Ave, rio Selho, rio Vizela e assim como os respetivos afluentes. Este projeto tem sido um sucesso e daí já ser replicado noutros concelhos”, frisou.

Por sua vez, o administrador Executivo da Vitrus, João Pedro Castro, explica, ainda, que “o projeto dos guarda-rios é um sucesso pelos resultados alcançados e tornou-se necessário reforçar com a entrada de novos elementos. Ao gerar oportunidades para as mulheres no mercado de trabalho também estamos a promover a diversidade, um fator fundamental para empresas que desejam criar ambientes de igualdade e esse é o sinal que estamos a dar na Vitrus. A Raquel e a Mónica completaram uma formação específica na área da fiscalização e qualidade da água, e correspondem aos requisitos que definimos para o exercício destas funções”.

MAIS DE DUAS CENTENAS DE OCORRÊNCIAS

O projeto foi lançado em julho de 2021 e até ao momento já foram reportadas mais de duas centenas de ocorrências. Além da ação reativa, existe ainda ações preventivas na avaliação e fiscalização como a deteção de caixas a necessitar de intervenção/limpeza com vestígios de anteriores descargas.

Desta forma, entre os meses de julho e setembro de 2022, foram reportadas um total de 212 ocorrências. Destas, 125 ocorrências dizem respeito a situações anómalas referentes a afluentes com indícios de contaminação, ou seja, descargas que aconteceram no momento do reporte (ações reativas) e caixas a necessitar de intervenção/limpeza (ação preventiva).

Foram ainda registadas 21 relacionadas com alegadas ligações ilegais de saneamento, 57 com identificação de locais a necessitar de limpeza e recolha de resíduos (derivada de deposições ilegais, árvores caídas) e outras 9 derivado a comportamentos inadequados, inundações, entre outros.