NÓ DE SILVARES: O DIA ZERO DE UM MOMENTO “MUITO IMPORTANTE” PARA GUIMARÃES

A assinatura do Auto de Consignação da obra do desnivelamento do nó de Silvares deu-se esta manhã. Primeiro mês será, essencialmente, "à preparação de desvios".

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A assinatura do Auto de Consignação da obra do desnivelamento do nó de Silvares deu-se esta manhã. Primeiro mês será, essencialmente, “à preparação de desvios”.

Assinatura deu-se esta manhã. © CMG

A cerimónia de assinatura do Auto de Consignação da obra do desnivelamento do nó de Silvares decorreu na manhã desta quarta-feira no Salão Nobre da Câmara Municipal de Guimarães. Assim, dá-se o arranque oficial da empreitada há muito esperada no concelho e que, nas palavras do presidente da Câmara Municipal de Guimarães, marca o início da resolução dos problemas “no coração da mobilidade” do município. O arranque da obra é, para além de “um momento muito importante para Guimarães”, um “desejo proporcional à importância” da mesma.

O vice-presidente do Conselho de Administração Executivo da Infraestruturas de Portugal (IP), José Serrano Gordo, frisou que este é “o princípio daquilo que a IP e o Governo se comprometeram” através do Programa de Valorização das Áreas Empresariais, apresentado em fevereiro de 2017. O desnivelamento do nó de Silvares “vai, sobretudo, descongestionar uma entrada na cidade” e, assim, ajudar na “redução de tempo de viagem”. Também ficou expresso na assinatura do Auto de Consignação que “nenhuma acessibilidade será cortada” ao longo da obra. Ainda assim, Domingos Bragança reforçou que a obra trará transtornos inevitáveis.

Com “o dia zero” a corresponder a esta quarta-feira, prevê-se que a obra esteja concluída no espaço de cerca de um ano — 355 é o número de dias apontado. Como explicou o engenheiro Carlos Matos, Diretor Regional do Centro Operacional Norte da IP, durante o próximo mês, assistir-se-á, “essencialmente”, à “preparação de desvios” e também à “colocação de sinalização” para que “as vias fluam sem grandes constrangimentos”. Depois, a partir do segundo mês, espera-se já “a obra tradicional de poeira e máquinas”. O engenheiro apontou o “período mais crítico da obra” para os meses de julho (principalmente o final) e de agosto de 2020, coincidindo com as férias escolares. Carlos Matos disse ainda que a IP vai apostar em “avisos táticos” para “que os temos de viagem sejam menores” no decorrer das obras, de forma a “dividir tráfego”. Por exemplo, apelar-se-á à utilização da saída Guimarães Sul, de modo a que não haja ainda mais congestionamento na saída de Silvares.  

O acesso a esse túnel far-se-á através das vias da esquerda, que serão desniveladas. © CMG

A rotunda desnivelada, “vulgarmente conhecida como túnel aberto”, contará também com um “coletor da drenagem gravítica”. Uma vez que, em pontos baixos como o de um túnel subterrâneo, dá-se o acumulamento das chuvas, é necessária uma solução. No caso do “túnel aberto”, ao invés das habituais bombas hidráulicas, sujeitas a avarias e, consequentemente, provocadoras de inundações, a obra contará com um sistema que permite o escoamento “por gravidade”, sendo apenas necessária a limpeza das sarjetas, informou Carlos Matos. O acesso a esse túnel far-se-á através das vias da esquerda, que serão desniveladas.  

O desnivelamento do nó de Silvares representa a primeira fase de um projeto maior: a via do AvePark. Para já, decorre o estudo de impacte ambiental necessário. Este é um investimento de aproximadamente 18 milhões de euros: aos 13 milhões estabelecidos pelo Governo e pela IP, juntam-se outros 5 milhões para a construção da ecovia e percurso pedonal, uma vez que “os terrenos são da responsabilidade da câmara”, avançou Domingos Bragança. O desnivelamento da rotunda de Silvares permitirá uma ligação direta entre a autoestrada e a variante de Creixomil. A obra representa a primeira fase da via do AvePark, que contempla ainda uma rotunda na zona do parque industrial de Ponte (segunda fase) e o tramo de ligação ao parque tecnológico. 

O presidente do município alertou ainda que a rotunda desnivelada não pode ser inaugurada “sem novo pavimento”, referindo-se ao da variante de Creixomil. O autarca lembrou ainda que a Câmara Municipal está a trabalhar no projeto de desnivelamento na Rodovia de Covas (Salgueiral).

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