Interessado em relançar a carreira em Portugal num clube competitivo, depois de uma experiência de dois anos na MLS, a principal liga dos Estados Unidos, ao serviço do Charlotte FC, Nuno Santos acertou com o Vitória um contrato válido por quatro épocas.

Com formação cumprida no Benfica, FC Porto, Boavista e Belenenses, o médio estreou-se como profissional pelos sub-23 do clube da Luz em 2018/19, transitando logo depois para a equipa B, mudando-se, na época seguinte, por empréstimo, para o Moreirense. Ganhou dimensão no futebol português, evoluindo, entre 2020 e 2022, no Boavista e Paços de Ferreira.

Na última época em Portugal, antes de rumar aos Estados Unidos, acumulou seis golos e duas assistências ao cabo de 38 partidas disputadas pelo clube da Capital do Móvel. Presença regular nas seleções jovens, Nuno Santos contabiliza ainda 46 internacionalizações, dos sub-16 aos sub-21, com cinco golos marcados, tendo ficado associado à conquista do Europeu de sub-19 em 2018.

O médio-ofensivo tem a noção de que deu um importante salto e promete dar tudo pelo novo clube, ciente de que terá de se apresentar no seu melhor para conseguir conquistar um lugar no meio-campo. “Olho para o Vitória Sport Clube como um clube grande”, referiu mostrando-se “muito contente” por esta mudança. Pronto “para dar tudo pelo clube, com toda a alma e empenho”, acredita que este será, “claramente, o maior desafio da carreira como sénior”, até porque, acrescenta, o Vitória “é clube especial, com adeptos fervorosos”.

Ciente de que “não vai ser fácil encaixar nesta equipa”, uma vez que “há muita qualidade e são várias as opções para o meio-campo”, lembra que “nenhum jogador consegue ser grande sozinho. Havendo bons jogadores em todas as posições, crescemos sempre de forma significativa, em todos os sentidos. A concorrência interna é sempre salutar, faz-nos crescer todos os dias”.

Já viveu uma experiência internacional pelo Paços de Ferreira e explicou que teve em conta o facto de o Vitória se ter apurado para a Conference League. “Um clube com esta dimensão vai por certo encarar todos os jogos para ganhar nessa competição, com o intuito de ir o mais longe possível na competição”, justificou.

Pisar o D. Afonso Henriques como jogador do Vitória é algo que quer muito concretizar. “Aqui vive-se um ambiente diferenciado. É bom estar do lado em que somos apoiados e não engolidos. Só penso em ajudar a equipa o máximo possível”, referiu sem esquecer a “exigência dos adeptos”, que é “grande, mas os jogadores devem saber lidar com isso de forma positiva”. Essa pressão vinda das bancadas, diz, “é sempre saudável”.