Oposição critica os “16 anos de discussão” para a localização da nova Loja do Cidadão
Bruno Fernandes, vereador eleito pela coligação "Juntos por Guimarães" critica a demora do processo, bem como a localização da Loja do Cidadão. O social-democrata destaca que o espaço foi definido "depois de 16 anos de discussão e de quatro localizações diferentes."

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Recorde-se que já foi discutida a fixação da Loja do Cidadão em quatro outros espaço, nomeadamente no antigo centro de saúde de Oliveira do Castelo, no antigo edifício dos correios na rua Santo António, no centro comercial Santo António e ainda no edifício do leite, junto à Câmara Municipal de Guimarães.
Agora, o município adquiriu o imóvel, que fica localizado no início da Rua da Liberdade, na proximidade do Mercado Municipal, por 1 milhão e 170 mil euros. A antiga Fábrica da Madroa vai albergar a nova Loja do cidadão, mas também um Centro de Acolhimento Empresarial.
O vereador explica que a abstenção ao tema “foi uma censura ao processo e à localização” e chama a atenção para o “zigue-zague que tem provocado prejuízo no cidadão”.
Bruno Fernandes ainda critica a “incapacidade da câmara de resolver um processo simples. A maioria já não tem capacidade, inovação e rasgo. Não consegue defender os interesses de Guimarães”.
O social-democrata diz ainda que “a localização é antagónica da defesa do município” e continua a defender que a Loja do Cidadão “deve estar o centro da cidade e deve ser mais um fator de alavanca do comercio local e tradicional. Precisamos de acarinhar os comerciantes e empresários do centro com projetos que atraem pessoas ao centro.”
O presidente do município de Guimarães defende que “a nova localização é excelente” justificando que “estamos a acrescentar cidade à cidade. É uma zona excecional para o crescimento da cidade. Temos de deixar de pensar que a cidade é o Toural. Couros também é cidade. Crescer e ampliar a cidade é fundamental”, acrescentou.
O espaço será projetado ao abrigo do Plano de Recuperação e Resiliência (PRR) e Domingos Bragança espera que esteja pronto até ao final do primeiro semestre de 2026. “Vamos fazer por encurtar o tempo”, ressalvou o autarca.
Além da loja do cidadão, que terá cerca de 600 metros quadrados, o edil pretende que sejam instaladas na antiga Fábrica da Madroa empresas de nova geração, microempresas e “investigadores jovens que estão a tentar testar os seus negócios na área da tecnologia digital”. Domingos Bragança vincou, ainda, que gostaria que “o espaço tivesse maior área, como 6000 metros quadrados.”
Apesar de a cidade berço ter espaços do cidadão distribuídos por mais de 20 freguesias, o presidente da Câmara Municipal de Guimarães aponta que a nova Loja do Cidadão é necessária porque “há uma parte da população que não tem literacia digital nem capacidades digitais para prestarem esse serviço através de casa. É preciso atender a uma percentagem significativa que precisam de se dirigir aos serviços públicos, que resolvam as necessidades de serviço público.”