Oposição quer conhecer dados de utilização da aplicação ProximCity
Aplicação ProximCity foi lançada pelo município para comerciantes locais.

“A Câmara Municipal de Guimarães atira dinheiro para os problemas e depois não quer resolver os problemas. Diz que os outros é que têm que resolver os problemas.” Foi assim que Hugo Ribeiro, vereador da Coligação Juntos por Guimarães (JpG), começou por falar, na reunião de Câmara, sobre a aplicação ProximCity, lançada pelo município para comerciantes locais

A oposição recordou o momento de lançamento da aplicação, quando a mesma “foi tida como a alavanca do negócio tradicional e dos pequenos comerciantes, que iria mudar o paradigma do comércio”. Agora, Hugo Ribeiro diz não saber “se o município se demitiu de ajudar os comerciantes que precisam de ajuda”.
Foram gastos, lembrou o vereador da JpG, “70 mil euros para criar a plataforma, 80 mil euros para apoios nos vouchers e 40 mil para garantir entregas”. Valores que, na sua perspetiva, correspondem a “uma estratégia clara do município para dinamizar e ajudar as vendas dos comerciantes locais”.
Porém, já na altura, Hugo Ribeiro “disse que esta plataforma ia ser um flop”. Algo que “é o que acaba por ser” na sua opinião. “Quando vi lançarem uma plataforma transversal e adaptada a todos os modelos de negócios que temos em Guimarães, pensei que ou existe uma equipa capaz de acompanhar esta plataforma, ou esta plataforma foi criada para nada”, justificou.
Neste sentido, a oposição quer saber o retorno daquilo que foi investido. “Quantos comerciantes têm conta ativa? Qual o volume de negócios no último ano? Quantas transações foram feitas? Quantas vezes foi descarregada a aplicação? Qual o valor dos voucher oferecidos? Qual o montante descontado nas lojas? Quanto vai ser preciso gastar na manutenção?”, questionou.
Com um objetivo que consideram ser “interessante”, acreditam que se devia “investir muito mais nesta plataforma e tentar potenciar que algum retorno para não ser dinheiro atirado pela janela”.
Paulo Lopes Silva, vereador socialista, garante que este projeto não será para abandonar. “A aplicação foi um projeto lançado pré pandemia com um objetivo definido pelo presidente da Câmara atento àquilo que são as novas tendências e os novos formatos de aquisição no âmbito do comércio”, lembrou. Contudo, frisa que “o sucesso desta iniciativa está dependente da forma como ela é utilizada por aqueles que são os seus principais utilizadores na ótica da venda, os comerciantes”.
“A plataforma pode estar disponível e a funcionar perfeitamente que, se não houver a dinâmica de carregamento dos produtos, disponibilização dos mesmos e promoção daquela via como uma das formas de venda do produto final, a plataforma nunca terá resultados positivos que se espera que tenha”, explicou Paulo Lopes Silva.
A aplicação “não está totalmente parada”, assegurou o vereador que diz que “os negócios continuam a usufruir da mesma”. Contudo, acrescentou que esta é “uma estratégia que, do ponto de vista do investimento que é feito na mesma, não é possível ter retorno à data de hoje”.
No âmbito do PRR, o município apresentou ainda uma candidatura “forte” relativamente aos Bairros Digitais e a ProximCity “é um elemento absolutamente central nessa estratégia”. Por este motivo também, a Câmara vai “continuar a investir nesta plataforma, e esta poderá também ser alvo de algumas reformulações”.
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