O ano de 2023 promete arrancar com vitalidade para todos e para os mais miúdos em particular.

O primeiro sábado do ano, dia 7 janeiro, leva o público mais novo até ao Centro Cultural Vila Flor para se deixar orientar e aventurar na companhia de João Lopes na visita “Um Teatro por dentro e por fora”, dirigida a maiores de 6 anos de idade. Nas visitas a este espaço que é também um teatro, cada grupo é recebido com um percurso desenhado à medida da sua curiosidade, experiências e propósitos, com a magia a começar fora do palco, deixando-se surpreender com lugares habitualmente reservados aos artistas e profissionais do teatro. Assim, enquanto percorrem os vários locais (interiores ou exteriores), os mais novos vão explorando os bastidores de uma casa de espetáculos e descobrindo os segredos de uma caixa negra que tem o poder de transformar realidades e universos, ao mesmo tempo que vão conhecendo a História do Teatro e a evolução do espaço cénico ao longo dos tempos.
Sendo o domingo um bom dia para ir ao museu, no dia 8 de janeiro, às 11h00, o Centro Internacional das Artes José de Guimarães (CIAJG) é palco para novos criadores com novos saberes e muita criatividade à mistura, nesta que é a primeira sessão do ano do “Domingos no Museu”, propondo às famílias participar numa oficina de criação de figuras articuladas. Em “Meio Isto Meio Aquilo”, oficina orientada por Teresa Arêde, a imaginação tem rédeas soltas e seres-novos vão nascer às mãos dos exploradores mais novos, convidando miúdos e graúdos a explorarem livremente todas as possibilidades numa oficina em que cada participante é desafiado a abrir asas à imaginação e a questionar-se sobre que seres-novos quer criar, dando vida a criaturas estranhas.
Uma semana depois, no dia 14 de janeiro, o pequeno auditório do CCVF recebe a criação de Clara Bevilaqua e Guilherme Calegari, encenada por Fernanda Bevilaqua. “Conversas de Corpo” é um espetáculo-instalação para e com bebés e crianças. Criado numa relação direta com o público, é um acontecimento aberto permeável ao encontro no qual os gestos da dança contagiam os corpos das crianças e de quem as acompanha, gerando um momento único de conexão entre todos. Ao longo de 45 minutos é possível acompanhar o encontro entre dois seres e as suas ressonâncias no tempo, no espaço e em nós próprios. Neste lugar não há hierarquias entre quem dança e quem acompanha, há um fazer-acontecer em conjunto. Aqui é possível uma multitude de interações: correr, gritar, agarrar, largar, cantar, bater palmas, desenhar, enrolar, desenrolar, saltar, cair, levantar, arquitetar, mergulhar, dobrar. Uma conversa entre corpos que se completa no momento do encontro entre todos nós.