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Parceria na vida e nas pistas de downhill

Artigo publicado na edição de maio da revista Mais Guimarães.

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Ricardo Soares e Afonso Soares partilham em conjunto toda a adrenalina do downhill, provas de ciclismo disputadas na natureza das montanhas.

© Claúdia Crespo / Mais Guimarães

São pai e filho, mas a cumplicidade entre ambos vai muito mais além das ligações familiares. Falamos de Ricardo Soares, de 43 anos, e do filho Afonso, de 12 anos, cuja amizade e cumplicidade é visível em cada pormenor e também nas pistas de downhill, uma vertente do ciclismo que consiste em descidas rápidas em montanhas.

Ricardo Soares tem no currículo três taças de Portugal e foi três vezes vice-campeão nacional. O palmarés até podia ser melhor, mas um grave acidente em Andorra, numa Taça do Mundo, ditou um interregno de seis anos. A explicação para o regresso é simples. “Como surgiu a possibilidade de o Afonso começar a correr, decidi superar o trauma para o acompanhar e também para competir. Parti a tíbia e o perónio, ficando cinco dias hospitalizado e mais de mês e meio em Portugal em recuperação. Mas o vício permaneceu sempre vivo dentro de mim. Aliás, sempre gostei de desportos de duas rodas. As motas são outra paixão”, confessou. Superado o trauma do acidente, Ricardo Soares garante ter apoiado o filho na decisão de praticar downhill. “Tenho pensamento positivo, mas ando sempre de coração nas mãos. Sou pai, mas também sou o melhor amigo dele. Não quero travar os sonhos do meu filho, só porque tive uma grande infelicidade”, adiantou.

“Não quero travar os sonhos do meu filho só porque tive uma grande infelicidade”

Ricardo Soares

No ano do regresso, foi campeão nacional de Masters 40, mas o título é sempre relegado para segundo plano. “São apenas troféus. O que mais importa é acompanhar o meu filho e saber que ele é feliz. Depois, é usufruir da emoção e da adrenalina que o downhill proporciona. A rivalidade é saudável, não há violência e é praticado na natureza”, lembrou.

O jovem Afonso Soares, pela Guimagym, foi campeão nacional de ginástica acrobática por equipas, mas o gosto pelo downhill está no sangue. “O facto de ser um desporto praticado na natureza foi o ponto de partida para iniciar. Depois, a paixão que o meu pai tem pela modalidade acentuou o meu desejo de começar. Lembro-me do acidente do meu pai, mas quando se desce não se pensa nisso. O que acontecer, aconteceu”, disse. “Gostava muito de conseguir o que o meu pai conseguiu, ser campeão nacional e ficar na história. E participar numa Taça do Mundo. Ele ficará muito orgulhoso”, sorriu. “O Afonso tem todas as condições para superar o que fiz. Começou mais cedo e tem talento”, completou Ricardo Soares.

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