São Torcato voltou a horar as suas raízes e tradições em mais uma edição da Romaria Grande, organizada pela Irmandade de S. Torcato. Ao longo de três dias, 30 de junho e 1 e 2 de julho, a vila vimaranense voltou a receber milhares de devotos do Santo do Povo.

Nas palavras de Paulo Novais, presidente da Irmandade de São Torcato, foram vividos “momentos extraordinários de comunhão entre as pessoas” ao longo de “três dias excecionais”. Apesar do “calor abrasador”, a adesão voltou a superar as expectativas fazendo reviver os templos “gloriosos” da Romaria que ainda hoje se afirma como uma das mais importantes da região norte.

Enquanto organizadora do grande evento, a Irmandade de São Torcato tem desenvolvido um “trabalho de continuidade que mostra que a Romaria Grande está viva e bem viva”. Ainda assim, e apesar da grande adesão, Paulo Novais aponta algumas dificuldades, uma vez que não estão “ligados às autarquias, que têm maiores recursos humanos e financeiros”.

“Lutamos muito por encontrar soluções mais criativas, pedimos apoios e fazemos muito com pouco. Valemo-nos muito do voluntariado e de pessoas de boa vontade que são determinantes na organização da Romaria Grande de São Torcato”, finalizou.

Entre a programação desta edição, destaque para a habitual novena, que se prolongou entre 24 de junho e 2 de julho. Os bombos do Mestre Zé, o Grupo Folclórico da Corredoura e Carlos Ribeiro foram o destaque da primeira noite de festa, a 30 de junho.

No sábado, tal como habitualmente, os padres falecidos ao serviço da basílica tiveram uma eucaristia em sua honra. A animação musical esteve a cargo do Grupo de Concertinas, Concertininhas do CRCA, Grupo de Cantares Torcanta da ADCL e do artista vimaranense Zé Amaro.

A eucaristia em honra de São Torcato, presidida por Dom José Cordeiro, arcebispo Primaz de Braga, marcou o início do último dia de festividades, que teve o seu ponto alto com a procissão solene, presidida pelo padre Samuel Vilas Boas, arcipreste de Guimarães e Vizela.