Polo em Saúde de Guimarães apresentado publicamente sem data para avançar
O Auditório do Teatro Jordão foi o palco, esta terça-feira, dia 18, da apresentação pública do novo Polo em Saúde de Guimarães, um evento que contou com a presença de Domingos Bragança, presidente da Câmara Municipal, e de Álvaro Santos Almeida, Diretor Executivo do Serviço Nacional de Saúde.

Este foi um projeto que nasceu de uma parceria entre o Município de Guimarães, a ULSAA, a Cooperativa de Ensino Superior Politécnico e Universitário (CESPU), a Universidade do Minho e a Universidade Portucalense, e que vai funcionar nas antigas instalações do Seminário do Verbo Divino, que vão sofrer obras de reabilitação.
Trata-se de um projeto que ganhou forma com base nos princípios colaborativos que estiveram na origem do Ecossistema Colaborativo Multimodal em Saúde do Alto Ave – A Smart Health Region do Alto Ave, que, como Pedro Cunha, presidente do Conselho de Administração da ULSAA, teve oportunidade de explicar, pretendeu alavancar a cooperação entre um conjunto de diversas entidades para a criação de uma nova forma de olhar para as políticas administrativas que servem o cidadão.
A sessão de apresentação arrancou com a assinatura do protocolo com vista à concretização de uma estratégia tripartida que vai unir o Município, a ULSAA e a CESPU, através da execução de projetos no âmbito do Ecossistema Colaborativo Multimodal em Saúde do Alto Ave – A Smart Health Region do Alto Ave, que se traduzem em serviços no âmbito da formação contínua, capacitação técnica e investigação, em prol da comunidade e região, partilhando sinergicamente os seus recursos, e a oportunidade que encerram para alcançar novos patamares e gerar inovação.

© Helena Lopes/Mais Guimarães
“Momento importante que constitui um objetivo principal para o território”, Domingos Bragança
Houve também lugar à assinatura de um memorando de entendimento entre a CESPU, a Universidade do Minho e a ULSAA para a promoção e desenvolvimento científico, técnico e académico do Ecossistema de Saúde, ao nível regional, nacional e internacional, bem como para a formação e no desenvolvimento de capacidades técnicas, científicas, profissionais e éticas nas pessoas que trabalham ou pretendem vir a trabalhar no sistema de saúde. O memorando de entendimento surge da necessidade de promover “um crescimento sustentado, robusto e competitivo do potencial de Educação Superior, Investigação e Desenvolvimento em Portugal, a partir da capacidade instalada nos domínios do Ensino, Investigação e Inovação das três entidades”.
Antes das intervenções protocolares, Pedro Cunha, presidente da ULSAA, fez uma apresentação do modelo subjacente ao Ecossistema Colaborativo Multimodal em Saúde, apresentando todas as suas dimensões, a que se seguiu a intervenção de Rui Vieira de Castro, reitor da Universidade do Minho, que enalteceu as “qualidades de mais uma etapa de um percurso conjunto que vem contribuir para a melhoria do cuidados de saúde dos cidadãos, e que pode contar com o importante contributo do Centro Algoritmi da UMinho, com trabalho de investigação aplicada feito na áreas dos sistemas inteligentes e da IA”. Pela parte do CESPU, o presidente António Almeida Dias agradeceu a Domingos Bragança a rapidez e disponibilidade como impulsionou o projeto, e revelou as unidades que terão a sua sede no Verbo Divino: CESPU – Health Business School, Unidade de Investigação IA & Saúde e Must University.
Domingos Bragança, presidente da Câmara Municipal, destacou o “momento importante que constitui um objetivo principal para o território”, não apenas para Guimarães, mas também para a CIM do Ave. “Temos seguido esta estratégia que é essencial para o desenvolvimento da saúde e inovação, acreditando sempre que é o investimento na ciência responsável pela transformação e qualificação dos recursos humanos, geradoras de novos produtos e processos que se traduzem em mais bem-estar e qualidade de vida para os cidadãos”, referiu. “Faço questão de lembrar o trabalho exemplar que foi levado a cabo para que a instalação de um Polo em Saúde em Guimarães fosse possível, nomeadamente do professor doutor Pedro Cunha, aquando da implementação do Ecossistema Colaborativo Multimodal em Saúde do Alto Ave, do reitor da Universidade do Minho, professor doutor Rui Vieira de Castro, que traz as competências do LASI e do Centro Algoritmi ao processo, e da disponibilidade do professor doutor Almeida Dias, que acrescenta todo um capital de conhecimento e experiências nas áreas da investigação e ensino em saúde”, frisou.
O presidente da Câmara de Guimarães enalteceu ainda o sentido de comunidade de serviço público demonstrado por todos os intervenientes, sem esquecer a Maria José Fernandes, presidente do IPCA, “que se disponibilizou a ceder instalações, numa primeira fase, para que o projeto possa avançar em algumas das suas valências”. A possibilidade de o Polo em Saúde de Guimarães poder estender-se ao Avepark, “onde existe um capital de investigação na área dos biomateriais aplicados à saúde” foi ainda alvo de referência do presidente da Câmara, que lembrou que “todas estas concretizações agora protocoladas fazem parte da visão de Guimarães”.
“Retenção de profissionais e valorização das carreiras”, Álvaro Santos
Álvaro Santos Almeida, diretor executivo do SNS, esteve em Guimarães em representação da ministra da Saúde, e “felicitou todas as entidades envolvidas na iniciativa”, e reconheceu às Unidades Locais de Saúde uma autonomia que possibilita a inovação e que, pelo seu potencial de replicação, beneficia o SNS como um todo. Considerou que projetos como o Polo e Saúde de Guimarães “têm um enorme potencial de valorização dos Recursos Humanos em Saúde, contribuindo para a retenção de profissionais e para a valorização das carreiras”.
O antigo edifício do seminário do Verbo Divino, que vai sofrer obras de reabilitação, em Guimarães, foi alugado pelo município para a criação de uma creche. O resto do espaço vai ser cedido a unidades da Universidade do Minho, da Unidade de Saúde Local do Alto Ave (ULSAA) e à Cooperativa de Ensino Superior Politécnico Universitário (CESPU). Ora, não havendo data ainda para o arranque da obra, certo é que já não será viável iniciar no Verbo Divino no ano letivo que arranca em setembro. A outra possibilidade, entretanto, será ocupar a Escola Hotel do IPCA, cuja obra está também ainda em curso.
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