PORTUGAL É UM PAÍS QUE DORME MAL E ESTE DIA QUER LEMBRAR A IMPORTÂNCIA DO SONO

Assinalado no dia 13 de março, o objetivo passa por lembrar a importância de dormir para restabelecer o organismo.

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Dormimos pouco e isso tem um impacto direto nas horas que passamos acordados. O Dia Mundial do Sono, que se assinala hoje, quer lembrar a sua importância, em tempos em que “temos cada vez mais solicitações no dia-a-dia”.

“Não dormirmos não implica termos sono durante o dia, implica as nossas decisões não serem as corretas”, resume o pneumologista do Hospital da Senhora da Oliveira, António Santos Costa . @Direitos Reservados

É imagem habitual: um familiar que dorme tarde fora sentado na sua cadeira de baloiço. Episódio encarado com alguma normalidade, mas que pode ser indicativo de que a pessoa “não dorme à noite ou dorme mal”. Portugal é um país que dorme mal e os dados comprovam-no: quase metade dos adultos com idade igual ou superior a 25 anos dorme menos de 6 horas por dia (e 32% dormem mal e 40% admitem dificuldades em manterem-se acordados durante o dia).

Os números da Sociedade Portuguesa de Pneumologia apontam para aquele que é “um problema dos países latinos”. “Deitamo-nos tarde e não temos oportunidade de fazer as sestas”, diz o pneumologista do Hospital da Senhora da Oliveira, António Santos Costa. “As pessoas dormem pouco por uma questão de tempo e também por uma questão de priorizarem e valorizarem pouco o sono”, continua.

As circunstâncias fazem com que a iniciativa do Dia Mundial do Sono ganhe preponderância, já que pode “chamar a atenção para a população geral e para a comunidade médica”. Assinalado no dia 13 de março, o objetivo passa por lembrar a importância de dormir para restabelecer o organismo.

Médico há 18 anos, o pneumologista afirma que distúrbios do sono como as insónias afetam milhares de pessoas: “A insónia crónica é uma doença que apanha 50% das pessoas ao longo da vida. É muito prevalente, quando falamos de doenças respiratórias do sono também falamos da apneia, mas há muitas mais”.

O que fazer para mitigar este problema seria a pergunta mais pertinente. Para António Santos Costa, há, em Portugal “um grande consumo de fármacos para dormir porque é mais fácil prescrever do que estamos a dizer o que devemos fazer”. Os doentes também acabam por preferir soluções farmacológicas. “Somos os campeões da Europa no consumo de fármacos para dormir”, vinca.

Então o que deve fazer alguém que tenha dificuldade em dormir? “Deve ter o seu horário regular, apanhar sol de manhã, evitar cafeína após as 16h00, usar a cama para dormir e não para ler, discutir, conversar, ver televisão”. São apenas alguns dos conselhos dados pelo na equação a higiene do sono. Os ecrãs, televisões, hábitos, excitantes como café ou chocolate “vão reduzir a quantidade e a qualidade do sono noturno”. Uma higiene do sono eficaz “é uma questão de educação” e começa em casa. A falta de sono perturba crianças e adultos de forma diferente. Os mais novos “ficam hiperativos” e, por isso, o médico recomenda limitar o uso de telemóveis e ecrãs depois das 21h00.

Quando os adultos não dormem o que precisam — em média são oito horas, mas pode variar de pessoa para pessoa — têm mais dificuldade na tomada de decisões. “Para além dos problemas de saúde”, a inibição das reações podem revelar-se fatais (atrás do volante, por exemplo). “Não dormirmos não implica termos sono durante o dia, implica as nossas decisões não serem as corretas”, resume.

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