Victor Hugo Salgado: Denúncia anónima motiva novo inquérito por suspeita de violência contra o filho

A investigação foi aberta na sequência de uma denúncia anónima recebida pelo Ministério Público no início de maio, segundo avançou esta terça-feira o Observador.

© CMV

O presidente da Câmara Municipal de Vizela, Victor Hugo Salgado, está a ser alvo de um novo inquérito por suspeitas de violência doméstica, desta vez envolvendo o filho mais velho, de 10 anos de idade.  De acordo com o jornal, a queixa relata alegados comportamentos violentos do autarca em relação à criança. A Procuradora Maria Dulce de Montenegro, que conduzia o inquérito anterior sobre suspeitas de agressão à mulher de Victor Hugo Salgado, considerou a denúncia credível e extraiu uma certidão, originando um novo processo autónomo.

A Procuradoria-Geral da República confirmou, de acordo com o Observador, que “a certidão extraída deu origem a inquérito” e que este está a decorrer no Departamento de Investigação e Ação Penal (DIAP) de Guimarães. Inicialmente, a denúncia relativa ao filho foi anexada ao processo que envolvia a mulher do autarca, ainda em investigação na altura. No entanto, antes do polémico arquivamento desse inquérito – que ocorreu sem o interrogatório do presidente da Câmara nem outras diligências relevantes -, a Procuradora decidiu separar os factos e abrir um novo inquérito focado nas suspeitas relacionadas com o menor, refere o jornal.

O caso de alegada violência contra a mulher teve, contudo, consequências políticas para Victor Hugo Salgado, que perdeu o apoio do PS na recandidatura à Câmara de Vizela. Apesar de ainda não o ter assumido publicamente, tudo indica que Victor Hugo Salgado concorra, por isso, agora às Autárquicas, na condição de independente. O Procurador Geral da República, Amadeu Guerra, admitiu ainda reabrir o inquérito por suspeitas de violência doméstica contra a mulher de Victor Hugo Salgado através de uma intervenção hierárquica. O prazo para que tal possa acontecer termina dia 22 deste mês de junho.

Questionado pelos jornalistas no Parlamento sobre a notícia do Observador, Carlos César, presidente do PS respondeu: “Aquilo que eu tive oportunidade em devido tempo de dizer é que, da minha parte, mantinha o sentido prático e imperativo da decisão que já tínhamos tomado, a de que não confiamos nessa pessoa para ser novo candidato a nenhum lugar”. Questionado se este caso pode levar a algum processo de expulsão do partido, Carlos César disse que essa “é uma matéria que será equacionada pela nova direção do PS”.

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