PS Guimarães defende mais investimento central e um novo edifício hospitalar
Domingos Bragança defendeu o investimento em Guimarães de “um novo edifício hospitalar complementar ao existente”, capaz de albergar quer a sede da anunciada Unidade Local de Saúde de Guimarães e Alto Ave (ULS).
Através de um comunciado às redações, o PS Guimarães faz um balanço do debate realizado no passado sábado, sobre a articulação local-regional na prestação dos serviços de saúde pública.
O debate, que contou com quase uma centena de participantes, entre militantes socialistas, médicos especialistas, enfermeiros, gestores e cidadãos, decorreu na sala de conferências das Plataforma das Artes, e deu início a um ciclo de encontros dedicados à organização do sistema de saúde local e regional.
Domingos Bragança defendeu o investimento em Guimarães de “um novo edifício hospitalar complementar ao existente”, capaz de albergar quer a sede da anunciada Unidade Local de Saúde de Guimarães e Alto Ave (ULS), quer novas valências, especialidades e qualificação de outras que, já existentes, necessitam de ampliar e qualificar o seu espaço de serviço aos cidadãos.
Num debate com moderação da militante socialista Patrícia Ferreira, em que também participaram Henrique Capelas, presidente do Conselho de Administração do Hospital Senhora da Oliveira, e Novais de Carvalho, diretor Executivo do ACES Alto Ave, as questões da centralidade dos cidadãos e da melhoria dos modelos de gestão do Sistema Nacional de Saúde constituíram os temas centrais em análise e discussão.
Henrique Capelas advogou a realização de uma reforma que faça a “integração dos cuidados de saúde” e que, entre outras coisas, como se anuncia no modelo de gestão e organização das ULS, o financiamento não se faça por atos médicos mas em função das tipologias da população, ainda que “ajustado por patologias e riscos” de cada região. “O sistema de saúde deve centrar-se na saúde e não na doença”, defendeu Capelas, o que, segundo o próprio, poderá ocorrer de modo mais eficaz através de uma “gestão centrada nos cuidados de saúde primários, permitindo poupar e tornar mais eficaz o próprio sistema hospitalar”.
Por sua vez, Novais de Carvalho considerou que o SNS não se esgota no modelo de Unidades Locais de Saúde. “Temos um modelo hospitalocêntrico! A saúde pública é uma responsabilidade coletiva, implicando fortes articulações com as famílias, as escolas, os hospitais e as comunidades”. Sem se opor às Unidades Locais de Saúde, Novais de Carvalho defendeu “unidades locais de saúde com resultados diferentes, com melhores resultados”, chamando a atenção para a inexistência de estudos com a consistência suficiente para a avaliar o funcionamento das ULS.
Domingos Bragança, por seu turno, manifestou todo o apoio do município na implementação de um modelo de gestão integrado que seja capaz de envolver também a comunidade para a literacia em saúde, a mobilidade saudável, a investigação e a formação, até, no caso de Guimarães, à potencial formação de um cluster da saúde, decisivo para qualificar a saúde das pessoas de Guimarães e da região.
Chamando a atenção para aquilo que considerou como uma “interferência negativa do hospital de Braga” para que o serviço de “hemodinâmica” do hospital de Guimarães não abrisse, o edil vimaranense lamentou que “o mesmo hospital tenha entrado por lógicas não cooperativas, em rede, com o Hospital Senhora da Oliveira, tentando ficar com os especialistas em obstetrícia que o próprio hospital de Guimarães lhe tinha enviado, por empréstimo, para suprir as carências ocasionais daquele hospital”, requerendo que a requalificação do Hospital Senhora da Oliveira fosse uma prioridade do Governo, para o qual a Câmara de Guimarães disponibiliza, desde já, a oferta de um terreno.
Henrique Capelas (que está a elaborar o Plano de Ação e Investimento para a Unidade Local de Saúde do Alto Ave), instado a pronunciar-se sobre os perigos da centralização da ULS nos serviços hospitalares, referiu que ele próprio defendia que a sede da nova Unidade Local de Saúde a constituir não ficasse no Hospital de Guimarães, desde logo para contrariar potenciais vícios de “hospitalocentrismo”.
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