PS organizou debate sobre a política da habitação

Debate moderado por Elisabete Castro, líder do PS Creixomil.

PS-barra

Rio Fernandes, André Fontes, Paulo Castelo Branco foram os dinamizadores convidados de um vivo debate no PS Guimarães

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Rio Fernandes, André Fontes, Paulo Castelo Branco foram os dinamizadores convidados de um vivo debate no PS Guimarães sobre a política de habitação para Portugal, em análise comparada com outros países, nomeadamente da Europa.

Com moderação de Elisabete Castro, líder do PS Creixomil, o debate, desde o início, assumiu grande profundidade, revelando haver quadros superiores altamente qualificados da área do PS na região, com Rio Fernandes, catedrático de Geografia da Universidade do Porto e militante do PS, a defender que as casas deixaram de ser um “direito” para passar a ser “produto de mercado” e que uma política socialista de habitação não pode desistir das casas como direito social para todos.

E prosseguiu.  “O mercado não tem sido solução, mas sim o problema”. Defendeu alterações aos PDM’s no sentido de obrigar os privados, hoje dominados por fundos imobiliários financeiros, a compensar a sociedade com uma percentagem construída para ser vendida e arrendada a valores médios e baixos como contrapartida da aprovação dos licenciamentos.

Recusou “cidades para ricos” e “cidades para pobres”, defendendo que o ideal seria a mistura social, recusando a segregação: “Uma cidade é uma mistura”.

André Fontes, arquiteto e professor da Escola de Arquitetura no polo de Guimarães da Universidade do Minho, defendeu que “em Guimarães e no Minho temos ausência de espaço público, nas periferias não temos largos e jardins, só estrada”.

Reforçou os problemas de falta de densidade construtiva e criticou a construção do que classificou de “bairros sociais para ricos” com amplas vivendas na encosta da Penha.

Paulo Castelo Branco, arquiteto dos serviços municipais durante 23 anos e hoje projetista com gabinete em Guimarães, recusou a guetização social na habitação, pelo que “compete aos políticos e aos cidadãos o compromisso com o espaço público na sua utilização democrática, seja na frequência de convívio seja na distribuição social da habitação, não permitindo “guetos sociais”.


Ricardo Costa, presidente do PS Guimarães, foi sucinto no seu discurso. “Não é aceitável a estratificação da sociedade em resultado de políticas públicas que deviam servir o contrário: a justiça e a igualdade social numa cidade e na totalidade de um município para todos”.

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