PSD: “Afirmar Guimarães” ao fim de 36 anos, “representa o falhanço do PS”

A Comissão Política Concelhia de Guimarães do PSD promoveu, na manhã desta segunda-feira, uma conferência de imprensa, na sede do partido, para “repor uma sanidade no debate político em Guimarães”.

© Eliseu Sampaio / Mais Guimarães

Foi Rui Armindo Freitas a dar voz a uma comunicação do partido para fazer referência aos “últimos dias” que, entende, “têm sido férteis em proclamações por parte do PS, numa lógica quase esquizofrénica de parecer não ser o mesmo que está sentado no poder há 36 anos”.

Atenções centradas na oficialização de Ricardo Costa como candidato do PS à Câmara, nas Autárquicas deste ano, que teve lugar no sábado, dia 18. “O slogan “Afirmar Guimarães”, ao fim de 36 anos de governação, representa o falhanço do PS e das suas políticas”, disse Rui Armindo Freitas, acrescentando que isto é “o assumir que 36 anos não bastaram para “Afirmar Guimarães””.

“É a confissão de que existe uma necessidade – que tem vindo a ser apontada pelo PSD de Guimarães há vários anos – de mudar de protagonistas. Se ao fim de 36 anos não foram capazes de Afirmar Guimarães, como poderiam sê-lo agora? Significa que o PS quer continuar a fazer o mesmo, com os mesmos projetos, ideias e soluções para o futuro”, afirmou o social democrata, que é também secretário de Estado adjunto da presidência, no Governo de Luís Montenegro.

O PSD Guimarães diz que “36 anos do PS no poder não resolveram os problemas do concelho”: “O trânsito é cada vez mais caótico e a culpa é do PS, que também não resolveu as ligações intraconcelhias, da ligação de Guimarães com as cidades vizinhas. Com o PS, Guimarães ficou cada vez mais na periferia, fora da ligação ferroviária de alta velocidade, perdendo a ligação do Alfa até Lisboa”, atirou.

Rui Armindo Freitas abordou ainda a problemática da habitação, lembrando que “Guimarães precisa de aumentar a oferta”. “E são frequentes as queixas de promotores privados, com projetos bloqueados, a dificuldade dos licenciamentos e uma política de gestão de solos que limitou ofertas”, proferiu. O PSD critica ainda os socialistas, na medida que lhes atribui culpa por “Guimarães perder atratividade, pessoas e empresas”: “Não consegue alavancar o crescimento das nossas empresas, e não consegue atrair investimento externo ao contrário do que acontece em concelhos vizinhos. Tudo isto é resultado da inoperância do PS na Câmara, vemos empresas que querem crescer e são obrigadas a sair de Guimarães”.

“Os empresários continuam à espera de licenças para expandirem os negócios (…) Muito foi prometido, mas Guimarães não tem sequer onde instalar empresas”. Rui Armindo Freitas apontou depois baterias, diretamente a Ricardo Costa. “Liderou a estratégia económica [na Câmara] e foi incapaz de atrair um euro de investimento direto do estrangeiro e o que captou em outros concelhos, ficou envolto de polémica. Foi vereador do PS em oito dos últimos 10 anos e não se lhe conhece uma única divergência das opções assumidas, foi sempre seguidor e corresponsável pelas opções do PS na Câmara, quer agora enganar os vimaranenses a fazer de conta que representa um novo rumo, quando representa um velho e desgastado PS, com a velha máquina e os mesmos vícios. Um PS sem ideias e a defender uma coisa na Câmara, outra no Toural e outra em Lisboa, de que é exemplo o ziguezague em torno da ligação Guimarães/Braga”, disse ainda.

Rui Armindo Freitas não avançou com datas da apresentação pública de Ricardo Araújo e da sua equipa, mas garantiu que o partido está a trabalhar intensamente e “com estratégia coesa” dentro do seu próprio tempo. Garantiu que “o PSD não fará uma luta de outdoors, porque entende que não é por aí que os candidatos terão mais ou menos qualidade”, e perspetiva, da parte do partido, uma “campanha séria e com respeito pelos adversários”.

No entanto, diz que o PSD “não se calará sempre que os candidatos forem para lá dos limites do aceitável, que foi o que aconteceu no fim de semana”. “Não nos podemos esquecer que “este presidente de Câmara despediu o atual candidato do PS por entender que ele não seria competente suficiente para o ser”, rematou.

 

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