“REINO DA DIVERSÃO” AJUDA A SUPERAR ÉPOCA COM MENOS FESTAS
O “Reino da Diversão” é, para os donos de carrosséis, carrinhos de choque e outros divertimentos, uma oportunidade de rentabilizar os equipamentos numa época em que quase não há serviço.

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De 20 de janeiro a 13 de fevereiro, o Multiusos de Guimarães é o “Reino da Diversão”. Para os donos de carrosséis, carrinhos de choque e outros divertimentos é uma oportunidade de rentabilizar os equipamentos numa época em que quase não há serviço.
.Como explica Luís Paulo Fernandes, conhecido presidente da Associação Portuguesa dos Empresários de Diversão, “este tipo de eventos é muito importante para o negócio, numa altura em que a alternativa é isto ou estar parado”. O líder da associação do setor queixa-se que “o problema é que quando estamos parados os custos continuam os mesmos, nomeadamente a carga fiscal associada aos empregados”.
As empresas que participam no “Reino da Diversão” trazem um leque muito variado de divertimentos, para crianças de várias idades e até para os mais crescidos. Destaque para a cada vez mais popular pista de gelo e para a montanha russa, montada no interior do Pavilhão Multiusos.
Em paralelo decorre este ano uma exposição de construções com peças de Lego, que inclui a construção de uma cidade candidata ao recorde do mundo. Toda a cidade foi construída por uma única pessoa, na maior mesa de construções com peças lego existente. Nesta exposição estão também patentes montagens de diversas naves e personagens da Saga Star Wars.
Luís Paulo Fernandes tornou-se conhecido por liderar manifestações do setor das diversões, em Lisboa, em que reivindicam a olhar diferente para a fiscalidade sobre esta atividade. Pretendem voltar a ter alvarás de cultura que lhes permitam descer o Imposto sobre o Valor Acrescentado (IVA) de 23% para 13%. Desde 2013 que estes empresários lutam pela aplicação da resolução 80/2013, aprovada por todos os partidos políticos no parlamento e publicada em Diário da República que “recomenda ao Governo o estudo e a tomada de medidas específicas de apoio à sustentabilidade e valorização da atividade das empresas itinerantes de diversão”.
Estas são maioritariamente empresas familiares que quando estão paradas têm um impacto muito forte sobre estes agregados familiares. O orçamento de 2018 prevê apenas “uma alteração legislativa que pode ou não vir a ser utilizada pelo Governo”, afirma o Ministério das Finanças, sobre a possibilidade do IVA deste setor vir a ser simplificado, este ano.
A entrada no recinto do “Reino da Diversão” é gratuita, podendo depois os visitantes adquirir “coroas” para usufruírem das diversões e obter o ingresso para aceder à exposição de montagens lego.