Resultados das Legislativas marcam reunião da Câmara de Guimarães

Apesar da extensa ordem de trabalhos, a última reunião do Executivo Municipal de Guimarães ficou inevitavelmente marcada pela análise dos resultados das eleições legislativas de domingo, que deram a vitória à Aliança Democrática (AD) e representaram uma derrota significativa para o Partido Socialista (PS).

© Helena Lopes / Mais Guimarães

Do círculo eleitoral de Braga, Guimarães conseguiu eleger três deputados: Emídio Guerreiro e Ricardo Araújo, ambos do PSD, e Paulo Lopes Silva, pelo PS. Ricardo Araújo esteve ausente da sessão, enquanto Paulo Lopes Silva, recém-eleito, marcou presença no salão nobre. Hugo Ribeiro, vereador do PSD foi  primeiro a intervir, felicitando os eleitos e afirmando que está certo que “Guimarães continuará a ter o apoio do Governo da AD”. Vânia Dias da Silva também interveio, felicitando os três eleitos vimaranenses e destacando a mudança de rumo ditada pelo eleitorado. “Os vimaranenses e os portugueses responderam afirmativamente à AD, deram uma clara vitória à direita, resultado do trabalho dos nossos representantes na Assembleia da República”, afirmou.

Também o presidente da Câmara, Domingos Bragança, usou da palavra para parabenizar Paulo Lopes Silva, Emídio Guerreiro e Ricardo Araújo, expressando votos de sucesso no novo ciclo político. “Espero que exerçam bem e com sucesso o seu trabalho, defendendo os interesses do distrito, do país, mas acima de tudo de Guimarães”, referiu, deixando ainda uma palavra de agradecimento a todas as equipas envolvidas na organização do ato eleitoral.

Quanto aos resultados, Domingos Bragança não escondeu a surpresa e mostrou preocupação quanto ao futuro próximo. “Os tempos que se seguem não serão fáceis. Espero que impere a estabilidade governativa e que Guimarães continue a merecer o apoio do Governo”, declarou. O autarca reconheceu que os resultados do PS ficaram aquém das expectativas: “Esperávamos melhores resultados do PS e, na queda do PS, esperava também uma maior subida da AD. O PS quebrou muito, a AD não subiu tanto e o Chega acabou por se afirmar um pouco por todo o território vimaranense”. Concluiu com um aviso claro: “Há muito trabalho a fazer.”

A sessão ficou assim marcada por um tom de reflexão política, sem descurar os habituais pontos administrativos, num momento em que o xadrez político nacional volta a alterar-se e o impacto local começa a desenhar-se.

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