A Santa Casa da Misericórdia de Guimarães instaurou 24 procedimentos disciplinares a colaboradores, avança o Jornal de Notícias na sua edição deste sábado.

Segundo aquele jornal, os processos foram instaurados a 24 trabalhadores do lar Rainha D. Leonor, cerca de um terço dos 70 profissionais da instituição, uma semana depois de ter recebido um pré-aviso de greve. “Algumas cartas referem que o motivo do processo disciplinar foi uma reunião ocorrida a 11 de maio em que os trabalhadores exigiram mais condições. Outras cartas apenas informam da abertura do procedimento”, faz saber o jornal.

Esta sexta-feira, em comunicado enviado ao Mais Guimarães, a Santa Casa da Misericórdia de Guimarães anunciava a abertura dos procedimentos disciplinares baseados nos “comportamentos por parte de qualquer colaborador da Instituição”, que se revelem “violadores dos deveres laborais, mormente os que possam pôr em causa o bem-estar, a saúde e a segurança dos utentes ou de qualquer outro colaborador”, podia ler-se.

No comunicado, a Santa Casa repudia “todo e qualquer tipo de falsas notícias, difundidas com o único objetivo de ofender o bom nome desta Instituição”, acrescentando que “não será através de comunicados de teor manifestamente falso e difamatório, de autoria desconhecida, e que nem sequer revela a opinião da maioria dos colaboradores, que esta Mesa Administrativa deixará de zelar pelo cumprimento das suas obrigações”.

A Instituição queixa-se ainda de estar sucessivamente a ser “ameaçada com greves”, com queixas aos serviços da Autoridade para as Condições do Trabalho e ao Instituto da Segurança Social, I.P., apesar da absoluta falta de fundamentos de quem recorre a esses meios”. 

Para segunda-feira está marcado o início de uma greve de três dias dos trabalhadores da Misericórdia, com concentração em frente à sede da Instituição. A greve continua na terça-feira, com vigília no largo do Toural, às 17h30 e na quarta-feira, às 10h00 há manifestação e desfile pelas ruas da Cidade.