Adolfo Luxúria Canibal será submetido a uma cirurgia que requer repouso absoluto, razão pela qual os espetáculos desta nova tournée dos Mão Morta foram adiados para os primeiros meses do próximo ano.

Este concerto dos Mão Morta em Guimarães, integrado na tournée “Viva La Muerte!”, que decorrerá no palco do Grande Auditório Francisca Abreu, no CCVF, comemora os 50 anos do 25 de abril e, ao mesmo tempo, os 40 anos da banda portuguesa Mão Morta, fundada em novembro de 1984.

Dois acontecimentos que aparentemente nada têm em comum, “salvo o facto de que sem o 25 de abril, e a liberdade e democracia que trouxe para Portugal e para os portugueses ao pôr termo a 48 anos de ditadura, provavelmente os Mão Morta nunca teriam existido”, acrescenta a organização.

Assi, e numa época em que “o perigo do regresso do fascismo se torna palpável, não apenas em Portugal mas em todo o mundo democrático, com a iniciativa ideológica das forças políticas conservadoras e o seu acolhimento privilegiado nos média a dirigir o discurso político dominante, os Mão Morta não podiam deixar de se manifestar e de denunciar o ar dos tempos”.

É sobre este “recrudescimento das forças antidemocráticas e do seu comportamento arruaceiro, que usam a democracia para a apologia do fascismo”, que versa “Viva la Muerte!”, que pretende “deixar claro os perigos que corremos e em que a democracia incorre”.

© Mão Morta

Neste espetáculo, as referências melódicas e harmónicas da música de intervenção portuguesa pré-25 de abril cruzam-se com o rock e o experimentalismo próprio da sonoridade dos Mão Morta, numa abordagem “reflexiva, mais rigorosa e esclarecedora”, pode ainda ler-se na apresentação do espetáculo.

Com letras de Adolfo Luxúria Canibal, música de Miguel Pedro e António Rafael, e arranjos de Mão Morta, este espetáculo contará com a participação dos músicos Adolfo Luxúria Canibal (voz), Miguel Pedro (bateria, eletrónica), António Rafael (teclas, eletrónica), Vasco Vaz (guitarra), Ruca Lacerda (guitarra e bateria) e Rui Leal (baixo e contrabaixo), aos quais se junta um coro constituído por André Seravat, Jorge Barata, Paulo Santos Silva, Tiago Regueiras e Fernando Pinheiro.

Os bilhetes para este espetáculo no CCVF, a realizar-se a 01 de março de 2025, sábado, às 21h30, têm o valor de 15 euros ou 12,5 euros com desconto e podem ser adquiridos em oficina.bol.pt, bem como presencialmente nas bilheteiras dos equipamentos geridos pel’A Oficina como o Centro Cultural Vila Flor (CCVF), o Centro Internacional das Artes José de Guimarães (CIAJG), a Casa da Memória de Guimarães (CDMG) e a Loja Oficina (LO).

Os bilhetes adquiridos anteriormente são válidos para a nova data do concerto.

Quem desejar a devolução do valor do ingresso, poderá solicitar o seu reembolso através da BOL ou do serviço de Bilheteira d’A Oficina através do e-mail bilheteira@aoficina.pt ou do telefone 253424700, bem como presencialmente nas bilheteiras dos equipamentos geridos pel’A Oficina referidos anteriormente.