SER NICOLINO É ARTE E ROUBAR FAZ PARTE

Mais um ano, mais umas Roubalheiras. O número surpresa das Festas Nicolinas chegou e não faltavam objetos (e animais) à espera do resgate dos seus proprietários.

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Mais um ano, mais umas Roubalheiras. O número surpresa das Festas Nicolinas chegou e não faltavam objetos (e animais) à espera do resgate dos seus proprietários.

© Mafalda Oliveira/ Mais Guimarães

O que fazem um trator, uma retroescavadora, dezenas de mesas e cadeiras, duas cabras e outros objetos no Largo do Toural? Não, não é uma venda de produtos em segunda mão. São as Roubalheiras, o número surpresa da tradição Nicolina que deixa os vimaranenses a pensar no que lhes faltará em casa caso sejam vítimas do “roubo” dos estudantes. Este ano, como os outros, havia muito para recuperar no Largo do Toural. E os proprietários do que ali estava exposto iam aparecendo para reaver o que na madrugada lhes foi levado.

“Espero que [as pessoas] compreendam que é uma brincadeira”, disse um dos membros da Comissão Nicolina deste ano. José Maria Sousa assistia com um grupo de amigos à exposição: “Acho bem, é uma tradição que se deve manter. Há quem fique zangado, outros já sabem… Antigamente era pior, porque roubavam e levavam para casa”, explicou. Com muitas Roubalheiras assistidas, o vimaranense que passa o seu “dia a dia no Toural” nunca foi alvo de uma: “Gatunos não roubam a outros gatunos!”, atirou, rindo-se.

© Mafalda Oliveira/ Mais Guimarães

“Foi uma noite cansativa, como é costume, mas tivemos muita ajuda e conseguimos roubar muitas coisas”, adiantou, apontando ainda que o grupo conseguiu cumprir um objetivo: “Roubar duas cabras.” Os animais foram “resgatados” por quem de direito logo pela manhã, mas estavam bem alimentadas, tal como os Nicolinos, depois de uma noite de trabalho: “Começamos por volta da 01h30 e acabamos entre as 04h30 e as 05h00. Depois, foi começar a comer umas fêveras, uma cerveja, tudo à vontade.”

© Mafalda Oliveira/ Mais Guimarães

Agora, a Comissão Nicolina espera dar continuidade a umas boas festas. “Somos menos, mas está a correr tudo bem”, garantiu um dos rapazes, fazendo ainda referência ao “Pinheiro molhado” que, nas palavras de quem percorreu a cidade na passada sexta-feira, foi “abençoado”. As Novenas (1 a 7 de dezembro) realizam-se até ao final das festas, mas ainda há as Posses/Magusto (4 de dezembro), Pregão (5 de dezembro), Maçãzinhas e Danças de São Nicolau (6 de dezembro) e o Baile (7 de dezembro).

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