Sim, já há máscaras

Por Eliseu Sampaio.

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Por Eliseu Sampaio.
Já há máscaras.

Vivemos atualmente num enorme dilema civilizacional.

Completo na véspera da saída desta edição do jornal, quando escrevo este texto, 40 dias de isolamento social. Decidi, ainda antes do anúncio do primeiro momento de “Estado de Emergência” que, tanto os meus filhos não frequentariam mais a escola como os colaboradores do Mais Guimarães entrariam em teletrabalho, desenvolvendo-o resguardados a partir das suas casas. O momento assim o exigia. Cumpri a quarentena, literalmente, só saindo de casa para suprimir necessidades básicas e para ações de auxílio urgentes. Sinto que dei, por isso, como milhões de portugueses, o meu contributo para que a realidade do surto do coronavírus fosse diferente cá da dos países em que o COVID-19 se revelou um problema monstruoso.

E agora?

Como escrevi há umas semanas, sinto que a falta de máscaras de proteção em Portugal, conjugado com o medo que resultou dos relatos de caos em países próximos, nos possa ter levado a um confinamento excessivo. Há setores da nossa economia que deviam, com precauções redobradas, já terem retomado a atividade. Ao escrever isto não valorizo a economia em detrimento da saúde, da vida dos nossos cidadãos, sobretudo os mais velhos por quem tenho um enorme carinho e que são, claramente, os mais afetados por esta pandemia. Digo-vos isto porque avizinho meses, eventualmente anos, muito difíceis. E os problemas deste bloqueio da nossa economia vão manifestar-se imediatamente num muito maior número de desempregados, em famílias dependentes de solidariedade, num menor investimento público em várias áreas, incluindo na saúde. Esta paragem abrupta terá reflexos muito significativos em todos os aspetos da nossa vida coletiva.

É agora, digo eu, urgente concentrarmos todos os esforços na proteção dos nossos mais velhos e definir estratégias para que, gradualmente, possamos colocar Guimarães de novo de pé, regressando às nossas atividades, e alcançando o mais cedo possível as condições para podermos vir a ajudar aqueles que vão precisar, e serão muitos, novos e seniores. Cada dia que passar será mais um dia a agigantar o problema que aí vem.

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