Sindicato dos Enfermeiros ameaça com greve geral

Sindicato quer resposta até dia 4 de julho.

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Estrutura sindical lamenta que ministro da Saúde não tenha agendado retoma da mesa de negociações com os sindicatos dos enfermeiros.

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O Sindicato dos Enfermeiros (SE) estabeleceu o dia 4 de julho como a data-limite para o Ministério da Saúde marcar a retoma da mesa negocial com as estruturas sindicais de enfermagem.

Se nada for feito até essa data, o presidente do SE, Pedro Costa, assegura que a entidade que dirige “se sente legitimada para decretar uma Greve Geral, prolongada no tempo, de modo a garantir que os direitos dos enfermeiros são cumpridos e respeitados”.

Em um ofício conjunto enviado com o Sindicato Independente Profissionais de Enfermagem ao Ministério da Saúde, Pedro Costa recorda que, ao longo dos últimos meses, “o Sindicato dos Enfermeiros sempre esteve do lado da solução e do diálogo”.

“Quando muitos nos pressionavam para avançar para a greve, optámos por continuar a trabalhar e a servir os portugueses, que tanto necessitam do Serviço Nacional de Saúde (SNS) , mantendo sempre a porta aberta ao diálogo com a tutela”, salienta.

“Há limites e não podemos continuar indefinidamente a aguardar que o Ministério da Saúde decida quando quer retomar as negociações com os sindicatos dos enfermeiros”, acrescenta.

Em maio passado, recorda Pedro Costa, o Sindicato dos Enfermeiros, o Sindicato Independente Profissionais de Enfermagem e o Sindicato Independente de Todos os Enfermeiros Unidos desafiaram o Ministério da Saúde a retomar a mesa negocial com as estruturas sindicais, com vista à valorização da carreira de enfermagem. O repto foi lançado à margem da II Convenção Internacional dos Enfermeiros, organizado pela Ordem dos Enfermeiros na Figueira da Foz.

“Nesse momento, o Ministro da Saúde comprometeu-se a retomar o diálogo com as estruturas sindicais durante o corrente mês de junho”, o que, reforça o presidente do SE, ainda não aconteceu até ao momento.

“Há, entre os enfermeiros portugueses, um crescente sentimento de revolta, uma vez que vemos cada vez mais esfumar-se a oportunidade de valorização da nossa carreira, uma reivindicação que entendemos ser mais que merecida”, acrescenta Pedro Costa.

O Sindicato dos Enfermeiros exorta ainda o Governo a trabalhar de forma antecipada para que, “aquando da elaboração do Orçamento de Estado para 2024, sejam contempladas verbas para a valorização salarial dos níveis remuneratórios dos enfermeiros”.

Se tal não suceder de forma antecipada, afiança Pedro Costa, “já sabemos que nada vai ser contemplado e que, na altura de discussão do Orçamento vão sempre surgir dificuldades de última hora, que vão adiar mais um ano a tomada de decisões”.

Deste modo, as três estruturas sindicais definiram o dia 4 de julho como a última oportunidade para Manuel Pizarro marcar a primeira reunião. “Se até essa data nada for feito, compreenda o ministro da Saúde que nos sentimos legitimados para decretar uma Greve Geral conjunta, prolongada no tempo, de modo a garantir que os direitos dos enfermeiros são cumpridos e respeitados”.

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