SN Festival: “Boa vibe” em Guardizela

Falar em verão é falar em música e em diversão. […]

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Falar em verão é falar em música e em diversão. Falar em verão é, inevitavelmente, falar em festivais. Por Guimarães começam a surgir cada vez mais, para públicos diferentes e por diferentes freguesias. Nos dias 22 e 23 de julho, a Mais Guimarães deu um saltinho a Guardizela e esteve presente naquela que foi a primeira edição do SN Festival com Nuno Ribeiro e Piruka como cabeças de cartaz.

© Joana Meneses

Depois de dois anos de paragem forçada, “o calor humano”, algo tão importante para os artistas, está, finalmente, a voltar. Para Nuno Ribeiro, Guimarães tem um significado especial. Foi aqui que cantou, pela primeira vez, o seu último single, “Dias Cinzentos”. “É muito especial”, confessou, acrescentando que, aqui, se sente “completamente em casa”.

Do Multiusos de Guimarães, Nuno Ribeiro saltou para Guardizela, para um festival que ainda agora está a começar, mas que todos esperam que regresse no próximo ano. “Tivemos dois anos parados, sem público, e apesar de irmos andando em rádios e televisões, nada se compara a termos as pessoas a cantar as nossas músicas”, explicou lembrando que “quando são sítios assim, mais deslocados, as pessoas vão mesmo porque querem ver e ouvir”.

Já ouvimos, da boca de vários artistas, que o público do norte é um público diferente. E Nuno Ribeiro, sendo nortenho, não esconde a alegria quando afirma que os espectadores “sentem as coisas de outra maneira”. Piruka, que subiu a palco no dia seguinte, acredita que no “norte sentem mais a música”, mas não esconde que no sul também há quem o faça. “Vai de terra para terra”, diz.

© Joana Meneses

À Mais Guimarães, o rapper português prometeu “boa energia” e muita interação. A “boa vibe e o bom ambiente” foram sentidas ao longo de todo o concerto. “Isto é a minha vida”, refletiu quando questionado sobre a pandemia e o panorama nacional do hip hop.

Há uns anos, havia muito a ideia de que “o rap português vinha do bairro”. Esta é, para Piruka, uma barreira que já está a ser ultrapassada. “Hoje em dia não vem do bairro. Há miúdos que cresceram com tudo, escrevem aquilo que sentem, e também cantam. E há espaço para toda a gente”, garante.

A sua presença no SN Festival foi marcada por uma enchente de jovens que conheciam as suas músicas de trás para a frente. “Salto Alto”, “Fé” e “Não se Passa Nada” foram alguns dos temas que fizeram com que o palco e a plateia se unissem.

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