“TEMOS O SEGUNDO PAVILHÃO MAIS REFERENCIADO A NÍVEL NACIONAL”

Entrevista a Aníbal Rocha, Diretor Executivo da Tempo Livre.

Anibal Rocha

Aníbal Rocha, diretor executivo da Tempo Livre, cooperativa que dirige a Cidade Desportiva, avançou com algumas novidades e mostrou-se “orgulho” por receber o Festival da Canção de 2018. Ao Mais Guimarães, o dirigente fez também um ponto da situação do complexo de piscinas depois dos danos provocados na cobertura pelo mau tempo e um balanço de algumas das valências a seu cargo.O que significa receber o Festival da Canção de 2018?

Guimarães foi das primeiras cidades a mostrar interesse na altura em receber o Festival da Eurovisão, no sentido de perceber se tinha ou não condições para receber a produção. A RTP fez, e bem, algumas visitas técnicas a alguns pavilhões deste país para aferir quais as condições necessárias, e percebemos que mesmo o Meo Arena ficava aquém. A produção nacional de uma final de um Festival da canção costuma ser uma superprodução, que há 16 anos não é feita fora de Lisboa. Também tem exigências muito elevadas. A RTP, de forma a descentralizar, optou pelo Multiusos de Guimarães por causa das condições que o pavilhão tem, em comparação com os outros. É com muita alegria que vejo a RTP a querer fazer a final em Guimarães, mas também contente por perceber que é o pavilhão que tem mais condições comparando com todos os outros, o que nos permite afirmar que temos o segundo pavilhão mais referenciado a nível nacional.

“Em maio do próximo ano vamos receber o Campeonato do Mundo de ginástica aeróbica”

A aposta em eventos no pavilhão Multiusos é para continuar?

Estamos empenhados para receber e diversificar mais eventos. Há 15 dias recebemos um campeonato de ténis de mesa e nunca tínhamos recebido uma atividade apenas com ténis de mesa. Em maio do próximo ano,vamos receber o Campeonato do Mundo de ginástica aeróbica, uma candidatura trabalhada com a Federação de Ginástica. Mais um evento único. Há ainda um novo setor de mercado, que é de jantares empresariais acima das duas mil pessoas, que estamos a trabalhar e já temos duas marcações para o último mês do ano. Em novembro, vamos trazer mais uma novidade, o Open Portugal de Ténis de Mesa, uma prova internacional. E depois vamos continuar a investir em eventos culturais. Novembro e dezembro vão ser fortes. Depois existe o mercado das feiras, desde da Expo Casamentos, uma das mais antigas, ou a Expo Clássicos, que assinala dez anos e vai ter uma retrospetiva da última década como tema. No final de setembro, vamos ter pela primeira vez um salão automóvel, “Movidos pelo Futuro”, que está ligado com o desígnio da cidade – Guimarães Mais Verde – e tem a ver com veículos elétricos inteligentes. Para além disto, estamos a trabalhar para celebrar o 16.º aniversário de forma diferente, que ocorre no dia 18 de novembro, com um concerto que vai ser anunciado brevemente.

Como está o aproveitamento da Pista de Atletismo?

Há alguns anos resolveu-se aproveitar a pista, não só para o atletismo, mas também outros tipos de modalidades, contrariamente ao que existe em muitos neste país. Todos os fins de semana, a pista de atletismo recebe um evento desportivo, seja de râguebi ou de formação de futebol, ou atividades no âmbito de dinamização do desporto em Guimarães como os Jogos da Comunidade ou da Liga Mini. Portanto, a pista está em permanente atividade. Estamos a trabalhar conjuntamente com a Federação de Atletismo para chamar no próximo ano mais competições nacionais e já há essa promessa. É uma pista de atletismo, mas tem outras valências. Por exemplo, o núcleo de árbitros da Associação de Futebol de Braga treina duas a três vezes por semana na nossa pista.

“Todos os dias passam 50 jovens pelo Centro da Medicina Desportiva”

Que balanço faz do Centro da Medicina Desportiva?

Uma avaliação muito positiva. Foi o primeiro e único que tem este cariz municipal. Todos os dias passam no centro 50 jovens, em média, que vão fazer os seus exames médico-desportivos nas instalações do Centro da Medicina Desportiva. Está consolidado com o nosso trabalho e, as nossas exigências que colocamos em todos os nossos serviços médicos.

O complexo de piscinas já está pronto para novas intempéries?

A primeira grande intervenção na piscina está feita, ou seja, impermeabilizar, mas a obra não está concluída. A impermeabilização da cobertura está feita e a Câmara está agora a avaliar, juntamente com as companhias de seguro, qual será o acabamento definitivo que o Complexo de Piscinas terá. Penso que está para breve a segunda fase das obras. A primeira parte está feita, que foi a impermeabilização do espaço e o recuperar os estragos, que foram muitos, provocados dentro. Já estamos em condições e gostaríamos de ter ido mais além, com a renovação do material interno, mas não foi possível.

“Há uma vontade, já com alguns anos, de alargar aquele espaço” (Complexo de Piscinas)

Pode-se aumentar o complexo?

Há uma vontade já com alguns anos de alargar aquele espaço. Não desistimos de conseguir, mas o investimento é muito alto. Estamos a tentar agora, ao fim de alguns anos, ter estabilidade financeira, depois das dificuldades em ter programas validados pelo Tribunal de Contas e também pela alteração da lei. Eu acredito que dentro de pouco tempo vamos ter condições para levar a cabo essa obra.

É complicado gerir todas estas valências?

São muitas valências e muitas pessoas, mas temos de nos adaptar ao que é a realidade de cada uma das instalações. É um desfio grande. Todos os dias há coisas novas que surgem.

Como está o desporto em Guimarães?

Está bem e recomenda-se. Temos excelentes condições para praticar desporto, quer “indoor”, quer “outdoor”, e existe uma diversidade ao dispor dos vimaranenses. Guimarães está muito perto das 50 modalidades que podem ser praticadas, isto diz muito, não apenas com mérito do município, mas também das associações privadas. Hoje em dia pode-se praticar qualquer modalidade em Guimarães.

Férias desportivas e oficinas são para continuar?

Nós considerámo-las um serviço. De uma forma geral, é uma possibilidade que n ós damos aos pais de poderem nas pausas escolares ter os seus filhos em atividade, em segurança, com bons monitores e com condições a um preço acessível. É um serviço público que temos de prestar e vamos continuar a prestar.

PUBLICIDADE

Arcol

Partilhar

PUBLICIDADE

Ribeiro & Ribeiro
Instagram

JORNAL

Tem alguma ideia ou projeto?

Websites - Lojas Online - Marketing Digital - Gestão de Redes Sociais

MAIS EM GUIMARÃES