Testes ao trânsito “foram um erro” e no futuro serão com recurso a inteligência artificial
O presidente da Câmara de Guimarães apontou o mau tempo como um dos fatores que condicionaram e complicaram a realização da testagem ao trânsito em algumas ruas centrais da cidade.

“Foi um erro da Câmara não ter adiado o teste que seria para avaliar a mobilidade urbana da cidade, mas correspondendo ao padrão normal. Isto é, a manhã do dia 08 de janeiro foi de tempestade, com ventos e chuvas fortes, condições que deviam ter ditado um adiamento, porque não correspondem a um padrão normal”, admitiu o edil vimaranense.
A juntar a isso, acidentes na Circular Urbana nessa manhã, taparam as saídas da cidade, “o que veio agravar tudo isto, ou seja, os resultados desse teste também ficam aquém do esperado”.
O presidente da Câmara de Guimarães equaciona agora a hipótese de, no futuro, se proceder “a testes através da Inteligência Artificial (IA). “Os testes na Rodovia e na zona de Cães de Pedra estão a ser feitos com recurso a modelos com base na IA. O que quisemos foi fazer um teste com demasiada amplitude, na base da realidade e, francamente, correu tudo mal”, afirmou Domingos Bragança, aos jornalistas, no final da reunião de Câmara de segunda-feira, dia 13.
Está fora de questão repetir o modelo real de teste, garantia do autarca. O encerramento de um dos sentidos na Avenida D. João IV, foi fatal para o congestionamento do trânsito, em hora de ponta. “Percebeu-se já que esta rua, assim como o Largo República do Brasil, a Avenida Alberto Sampaio, a Avenida D. Afonso Henriques, não têm condições físicas para corredores dedicados ao autocarro, temos de encontrar soluções que não colidam com a faixa urbana”, adiantou Domingos Bragança. E continuou: “Percebeu-se também que, quando abriu a Avenida D. João IV, os problemas deixaram de existir, o que significa que o centro da cidade não é o eixo viário fundamental. Sem prejuízo dos testes digitais, temos que continuar”.
“Os projetos estão a ser executados na especialidade par os lançarmos a concurso, casos do Largo do Toural, da Alameda e da Rua de Santo António, assim como o da Avenida D. João IV que são desligados, já estão fase final para lançar a concurso”.
O presidente da Câmara falou ainda da nova rua que vai ligar a rotunda da Avenida D. João IV à Academia de Ginástica, uma via que nascerá junto da ecovia. “Este teste veio acelerar a obra que conta já com projeto preliminar. Um novo arruamento que vai descongestionar a Avenida D. João IV, determinei que tinha de ser compatível com a ecovia, o canal foi estudado e não a estraga. Tira-lhe algum encanto, mas a rua permite o escoamento do trânsito, o canal está trabalhado, era o mais difícil, mas não serei eu a lançar a obra porque não terei tempo”, disse. “Nunca desisto dos projetos que lanço, quem me suspendeu o projeto da via do Ave Park foi o Tribunal Administrativo que, se calhar, daqui a quatro anos vem dizer que está tudo bem e que tínhamos razão”, atirou o presidente.
Autarca vai reunir com associações que representam comércio, empresas e hotelaria
Importante para o autarca é sentir que a comunidade está ao seu lado. “Temos dois projetos muito importantes, o dos Bairros Comerciais Digitais – o Bairro 1128, que abrange esta área que pretendemos pedonalizar, e depois queremos ter connosco todos os comerciantes, restaurantes e entidades culturais, escolas e população residente. E depois há um projeto para o qual fomos escolhidos, que é o Be Neutral – Agenda de Mobilidade para a Neutralidade Carbónica nas Cidades, que está a ser desenvolvido por grandes entidades científicas e que apresentaram esta mostra há uns meses. Tem uma agenda financiada pelo PRR com centenas de milhões de euros”. Domingos Bragança refere que tem mantido reuniões “porque não basta pedonalizar”: “Queremos que o modelo de cidade seja, para todos inovador”.
Sobre as declarações vindas a público da Associação do Comércio Tradicional de Guimarães e da Associação Vimaranense de Hotelaria, em relação ao estudo do trânsito, Domingos Bragança diz que vai promover reuniões que “congreguem” as partes.
“Compreendo sempre as preocupações, qualquer alteração cria preocupação, o que sei é que, até agora, tivemos carros no Toural, na Rua Santo António e na Alameda e o comércio está em crise. Por isso, em conjunto, é preciso alterar este modelo para mudarmos a competitividade qualitativa e quantitativa do comércio da cidade e quero que os comerciantes estejam comigo”, adiantou.
“Conclui-se que a Câmara só quer chatear os vimaranenses”, Bruno Fernandes
“Todos reconheceram que foi um erro, que não foi devidamente planeado, porque há alternativas que podem suportar esse estudo, que não seja alterar as rotinas diárias dos vimaranenses e o senhor presidente da Câmara falhou em toda a linha”, começou por referir o vereador do PSD, Bruno Fernandes. Defende que o dia não foi o melhor, devido ao estado do tempo. “O senhor presidente concluiu que, se calhar, nem era necessário fazer este teste e que a Câmara só quer chatear os vimaranenses”.
A oposição diz que o “Município ainda não sabe muito bem o que quer fazer, apesar de o presidente dizer que quer manter o projeto da pedonalização, mas passam quase seis meses da apresentação dos projetos preliminares e continuamos sem conhecer os finais”. Bruno Fernandes referiu ainda que este teste de mobilidade “trouxe à tona outros problemas”: “A intervenção da D. João IV é estruturante, para quê fazer testes, se sabemos que é uma obra que vai trazer problemas. Esperemos só que seja minimizado o impacto negativo”.
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