Testes em lares de idosos são “prioritários”, diz Domingos Bragança

Não há “limitação financeira para a realização” das análises e o problema é mesmo “a falta de material” .

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PSD considera “inadmissível e inaceitável” que Governo e autarquia não tenham estabelecido os lares de idosos como prioridade no início da pandemia. Vice-presidente e Edil garantem que só não se fazem mais testes porque “não há resposta”.

© João Bastos/ Mais Guimarães

Um dos temas mais discutidos na reunião da vereação vimaranense desta quinta-feira foi a falta de testes à Covid-19 no concelho. E o vereador Bruno Fernandes (PSD) disse considerar “inadmissível e inaceitável” que “nem o governo nem esta autarquia” tenham entrado logo no caminho da testagem intensiva em lares de idosos, “que são barris de pólvora”. “Não testar utentes de lares de idosos e os seus profissionais é estar a adiar um problema a que, infelizmente, vamos assistir”, perspetivou o social-democrata. Contudo, a vice-presidente do município, Adelina Paula Pinto, fez saber que já se procedeu à testagem de todos os 200 “utentes e funcionários” de um lar vimaranense. “Há uma funcionária de um lar a fazer um teste agora [no momento da reunião] porque só conseguimos vaga ontem à noite”, contou a vereadora. Ainda que não seja possível dar uma “resposta universal” ao problema, tanto Adelina Paula Pinto como o presidente da Câmara Municipal frisam que este é um problema transversal ao país.   

Domingos Bragança esclareceu depois, em videoconferência com os jornalistas, que “os testes prioritários são os testes nos lares de idosos, aos utentes e aos funcionários” e que essa continua a ser a preferência. Não há “limitação financeira para a realização” das análises e o problema é mesmo “a falta de material” e a “capacidade de resposta dos laboratórios”, que nos últimos dias não têm conseguido fazer todos os testes requisitados. O presidente da Câmara Municipal de Guimarães lembrou que o seu papel passa por “disponibilizar todos os meios e fazer ouvir a sua voz perante o Governo”, algo que “tem sido feito”.

Recorde-se que Domingos Bragança reforçou a posição da Comunidade Intermunicipal (CIM) do Ave relativamente aos distritos integrantes da “lista prioritária” do plano preventivo de combate à covid-19 do Governo. Por isso, e em alinhamento com a CIM do Ave, Domingos Bragança garantiu ao Mais Guimarães: “Vamos trabalhar para reverter esta posição do Governo bem como trabalharmos na procura de soluções.” 

Hospital de Retaguarda à espera do Ministério da Saúde

A capacidade da unidade de rastreio em Guimarães, situada nas imediações do Multiusos, é de 140 testes diários, assegurados pela Unilabs. E será o próprio edifício vimaranense que acolherá o Hospital de Retaguarda, cujo funcionamento depende da disponibilização de profissionais de saúde por parte do Ministério da Saúde.

O hospital servirá para internamento “daqueles que precisam de cuidados médicos que não podem ser feitos em casa”, mas que também não precisem de “internamento intensivo”, libertando assim espaço no Hospital da Senhora da Oliveira de Guimarães. A instituição hospitalar estará, de acordo com o que disse o presidente do município, “no limite” da sua capacidade. Ainda em fase de análise, o Hospital de Retaguarda tem previstas 100 camas, mas o número pode aumentar de acordo com as necessidades.

O município ainda considerou a hipótese de o instalar num hotel, mas, revelou Domingos Bragança, “poupa-se metade dos recursos” com a escolha do Multiusos. O presidente assegurou já o apoio do Exército e da Proteção Civil para que a resposta hospitalar, em tempos de pandemia, seja uma realidade — falta, claro, o Ministério da Saúde garantir os profissionais de saúde.

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