Um caso positivo de Covid-19 não é só um número
Por Eliseu Sampaio.

Por Eliseu Sampaio.
Já perceberam o que muda a cada caso positivo de Covid-19?
Estou há uma semana praticamente confinado a casa. Não, não testei positivo, felizmente. Também ainda não fiz o teste e poderei naturalmente estar, como qualquer um que lê esta crónica, infetado pelo novo coronavírus.
Estou por casa porque na turma do meu filho, de apenas seis anos, uma menina testou positivo e isso colocou-nos em isolamento profilático. E podia ter sido qualquer um dos meninos daquela turma ou de qualquer outra turma daquela escola ou de qualquer outra escola do nosso concelho, do país ou até do mundo.
E o que muda a cada caso positivo de Covid-19?
Muda de imediato a vida daquela menina, cujo receio de sintomas deve absorvê-la e aos seus familiares. O receio motivado pelos relatos que nos entram pela casa dentro e pela convicção de que os serviços de saúde começam a perder capacidade de resposta face ao significativo aumento de internamentos. Muda a vida daquela família e de mais de duas dezenas de famílias que ficam alerta, com membros isolados durante duas semanas, pelo menos, pessoas que se fecham em casa à espera que os dias passem, que os testes se realizem e os sintomas não surjam.
Façam-nos um favor, não nos perguntem mais pela importância que têm os números de infetados. Para nós não são números. Cada caso é mesmo uma pessoa, uma criança, um jovem, um trabalhador, um professor, um profissional de saúde… ou um dos nossos séniores que ainda têm muitas lições de vida para nos transmitirem.
Cada caso importa, porque cada pessoa importa de facto, e cada infetado provoca um impacto brutal na nossa comunidade, tem uma repercussão relevante nos serviços de saúde, mas também no funcionamento regular da nossa sociedade e da nossa economia.
De acordo com os últimos dados disponibilizados pelo Aces do Alto Ave, relativos à passada semana, em quatro dias, foram confirmados mais 401 casos.
Imaginem bem o impacto disto em Guimarães.
Boa semana.
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