Vânia Dias da Silva critica “teimosia” de Domingos Bragança em relação ao projeto da via do Avepark

A vereadora eleita pela coligação "Juntos por Guimarães" criticou, na reunião do executivo municipal, Domingos Bragança por "continuar a insistir teimosamente que a via do Avepark é o único projeto viável".

reunião-câmara

Vânia Dias da Silva lembrou que, na opinião da oposição, “o trajeto é mal feito, mal conseguido e não é útil para o que se pretende para o desenvolvimento do Avepark.” A vereadora recordou que a solução passa pela ligação da saída da autoestrada que ligue as Taipas ao Avepark, o que, para a tribuna, “é mais útil para que as mercadorias sejam escoadas.”

O presidente do Município confirmou o apoio do PRR/ Governo português em 38 milhões de euros para a construção desta via. Perante esse valor, a vereadora questiona: “Vamos desperdiçar o dinheiro? Não era mais útil olhar para um projeto alternativo e usar essa verba para uma coisa essencial?” Além disso, Vânia Dias da Silva alertou para a possibilidade de, no futuro, “haver outras necessidades”.

Recorde-se que o Ministério Público instaurou uma “ação similar a um embargo” ao projeto para a construção da via de ligação ao Avepark, em que Vânia Dias da Silva realçou que o processo “demorará algum tempo” a ser analisado pelo tribunal. De acordo com a vereadora, “a Câmara Municipal não pode achar que, pelo equilíbrio económico que tem de conseguir, pode desafetar a área que lhe apetecer da Reserva Agrícola Nacional (RAN)”.”Estamos a falar de 160.000 quilómetros quadrados”, acrescentou.

Do outro lado, o presidente do Município enalteceu a importância do projeto, ao referir que “a via é estratégica para o Avepark e para as freguesias que esta via servirá, isto porque é uma variante necessária para os projetos de mobilidade”.

O presidente da Câmara Municipal de Guimarães lembrou, ainda, que o projeto “foi aprovado por todas as entidades responsáveis” e assegurou que “a Câmara apresentará todas as diligências necessárias”, para uma obra que “é fundamental”.

Apesar de a via colocar em causa a desafetação de cerca de 160.000 metros quadrados de RAN, o autarca referiu que essa transformação “resulta em outras vantagens ecológicas”. “Não podemos ter filas de trânsito para consumir carbono. Temos de desenvolver um concelho para ser um concelho onde se vive, onde se protege os valores ecológicos, mas onde se cria valor e riqueza”, acrescentou.

Além disso, Domingos Bragança deu importância à disponibilização de espaços para as empresas se ampliarem e permanecerem em Guimarães, em vez de saírem para outros concelhos. O edil apontou que, neste momento, o Município tem cerca de 30 Propostas de Contrato para Planeamento (PCPL) em cima da mesa, o que se traduz na transformação de mais de 500.000 metros de quadrados de solo rústico para urbano.

Segundo Domingos Bragança, “o pior que pode haver contra a pobreza é  o concelho regredir no desenvolvimento. Temos de desenvolver o concelho de uma forma equilibrada”.

 

 

 

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