Vereadora da Educação esclarece oposição e defende revisão do modelo Escola a Tempo Inteiro
A vereadora da Educação na Câmara Municipal de Guimarães, ausente na penúltima reunião municipal, prestou, na segunda-feira, esclarecimentos às questões levantadas anteriormente, aquando da sua ausência, sobre o funcionamento das escolas do concelho, pela vereadora do PSD, Emília Lemos.

Problemas esses já conhecidos, relacionados com a falta de professores nas Aulas de Enriquecimento Curricular (AEC), a falta de assistentes operacionais, para além da questão da qualidade das refeições. As Artes Performativas (AP) continuam a ser a maior preocupação, pela falta de docentes, ao contrário das Atividades Desportivas, que estão controladas.
“Nas AP, dos 80 professores que devíamos ter, estamos sempre com 14, 15 a faltar e muito móvel, vêm uns, vão outros e isso está a levantar-nos algumas dificuldades”, assumiu Adelina Paula Pinto. A vereadora veio também dizer que, tal como defende a oposição, já foram feitas tentativas de mudar algo, nomeadamente apostar na Música, assim como através da Biblioteca, do Arquivo Municipal, do Curtir Ciência, “mas é sempre difícil, basta os professores serem chamados para o ensino”.
Para Adelina Pinto, a escola a tempo inteiro, exige uma reformulação por parte do Ministério da Educação: “É um modelo ultrapassado que tem de ser repensado, porque precisamos de trabalhar mais a autonomia das crianças, a criatividade e a inovação e não esta questão da aulinha atrás da aula, que está a ser muito pouco digna”. Este é um problema que vai depois colocar-se em linha “para complicar a questão do pessoal não docente”. Adelina Paula Pinto garante que o número de pessoas, no rácio da Câmara, colocado nas escolas é “perfeito, adaptado às necessidades de cada escola”.
“Temos mais 30 pessoas do que o rácio do Ministério de Educação e ainda temos mais de 40 de contratos de emprego incessante, e está tudo absolutamente salvaguardado. O problema coloca-se nas baixas médicas e na imprevisibilidade”, explicou, destacando o “esforço” que “vem sendo feito pelos diretores dos Agrupamentos para resolver situações”.
Ricardo Araújo, vereador do PSD diz que é necessária uma revisão do rácio de assistentes operacionais
“Conforme é dito, apesar de até serem cumpridos os rácios, a verdade é que há muitos problemas que ocorrem regularmente, é necessário que a Câmara tenha mecanismos rápidos e simples para substituir os assistentes operacionais sempre que é necessário e aumentar o rácio do número de assistentes operacionais nas respetivas escolas”, disse.
Quanto às AEC e as CAF (Componente de Apoio à Família), o que acontece é que “como o Município, infelizmente, não está a ser capaz de dar resposta, acabam por ser os assistentes operacionais a terem que tomar conta dos meninos durante esse período que supostamente seria para as AEC”. Ou seja, “estão a cumprir funções que vão para além das suas responsabilidades, isso causa sobrecarga”, disse o vereador do PSD.
Sobre o atraso nas reparações nas escolas, disse Ricardo Araújo que constatou o problema in loco. “Há pequenas reparações que aguardam meses”. “Inaceitável” para o líder do PSD Guimarães: “Tem que se criar um sistema muito mais rápido, porque muitos problemas estão por resolver porque o sistema não é rápido, não é ágil e não é eficaz”.
Sobre esta situação, Adelina Paula Pinto lembrou o número elevado de escola no concelho. “Fomos percebendo internamente que tínhamos alguma dificuldade na resposta rápida e fizemos uma delegação de competências para o primeiro ciclo nas juntas de freguesia e não temos reclamação nenhuma, achamos que as juntas são muito proactivas. Aliás, eu tenho de reconhecer imenso o trabalho das juntas nas escolas porque vão muito além daquilo que é a delegação de competências que nós estamos a fazer”, disse. Já nas 14 EB 2,3, a competência de manutenção é da Câmara. “Começámos a perceber que tínhamos muitas reclamações da parte das escolas e fizemos este ano, delegação de competências nas próprias escolas, atribuindo uma verba para um tipo de reparações (…) Estamos inclusive a dar mais dinheiro quando nos mostram que não é suficiente”. Sob responsabilidade da Câmara, explicou, ficam situações muito mais específicas, por exemplo, “a questão das casas de banho, que a própria escola não consegue resolver e tem passado para nós, são reparações mais profundas”.
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