Vereadora do PSD questiona falta de técnicos, atraso nas reparações e refeições nas escolas
Numa semana marcada pela contestação dos pais, devido à má qualidade das refeições em algumas escolas do concelho, cujas fotografias vieram a público, Emília Lemos, vereadora do PSD trouxe à discussão, na última reunião do Executivo, também outras situações que estão a causar preocupação.

Entre elas, a falta de professores afetos às Atividades de Enriquecimento Curricular (AEC): “Há 14 horários por preencher e há uma escola do centro da cidade de nunca teve Artes Performativas desde o início do ano letivo”. “A Câmara não consegue atrair técnicos, as crianças ficam sem atividades estruturadas e é uma preocupação”, disse a vereadora.
O mesmo acontece em relação aos assistentes operacionais, um tema que também não é novo em sessões municipais e que persiste. “Também preocupa esta questão porque um entra de baixa médica e não há substituição, isso sobrecarrega os outros. O rácio é cumprido, mas não contempla estes casos”, afirmou, reclamando ainda da demora por parte da Câmara Municipal de Guimarães na resolução de avarias e pequenas reparações nas escolas.
Emília Lemos deu vários exemplos, como a falta de tomadas elétricas, os problemas com a internet no 1º ciclo que acabam por dificultar a ação no que toca ao ensino ao condicionamento das provas de aferição do quarto ano. Falou ainda de um vidro partido durante duas semanas numa escola, candeeiros estragados que representam perigo no recreio e as parcas condições sanitárias. “Uma casa de banho adaptada para cadeiras de rodas teve a sanita entupida durante três semanas, colocando um aluno de 11 anos de condições especiais em situações constrangedoras, onde tinha de ser despido em zonas partilhadas”. Segundo a vereadora, a responsável da escola alertou várias vezes à Câmara para esta situação, mas diz que não teve resposta.
Explicações remetidas para a próxima reunião municipal
Sobre a questão da falta de qualidade das refeições servidas nas escolas do concelho, Emília Lemos considera que é necessário esclarecer o que realmente aconteceu. Pediu esclarecimentos, na sessão, sobre as medidas que o Município pretende adotar, depois de Adelina Pinto, vereadora da Educação (ausente na sessão de segunda-feira) ter reconhecido a má qualidade da refeição. “É necessário averiguar se foi um caso esporádico”, afirmou Emília Lemos. “Tem de se ver com a empresa para perceber se está a cumprir o caderno de encargos. No meu caso pessoal – Emília Lemos é professora – não tem havido problemas, mas há pais que se queixam. Poderia ter sido só este prato, há escolas onde isso poderá não acontecer. A confeção dos alimentos poderá ter contribuído para aquele aspeto”, disse a vereadora, no final, aos jornalistas.
Apesar da ausência de Adelina Pinto, que representa o município numa iniciativa fora do país, Domingos Bragança deu conta que na próxima reunião municipal a vereadora da Educação fará o ponto de situação e dará mais informações em relação ao tema, até porque, segundo disse, esta tem mantido reuniões com as direções dos Agrupamentos, associações de pais, assim como com a empresa que presta o serviço de refeições para as cantinas escolares. O presidente da Câmara disse que “Guimarães é uma referência na educação” e que vai apurar o que está a acontecer.
Recorde-se que o assunto veio a público depois da divulgação de fotografias de pratos servidos em cantinas do concelho em dias diferentes e em algumas escolas de Guimarães.
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